Quatro em cada 10 homens brasileiros não fazem qualquer exame preventivo contra o câncer, aponta SBOC
O homem brasileiro ainda não colocou a sua saúde na pauta de prioridades do dia a dia. De acordo com dados da pesquisa proprietária da Sociedade Brasileira de Oncologia Clínica (SBOC), aproximadamente quatro em cada dez brasileiros (39%) afirmaram não realizar nenhum exame preventivo. Para piorar a situação, o estudo mostrou ainda que 10% dos homens não se preocupam sequer com possíveis produtos e/ou situações que possam favorecer o surgimento de um câncer.
O resultado dessa falta de interesse é que uma porção relevante do público masculino não muda hábitos simples, que poderiam diminuir muito os casos de câncer diagnosticados no país, e desconhece formas bastante comuns de tumores. “São exemplos claros disso a falta de informação em relação aos tipos mais incidentes da doença entre homens: próstata, pulmão e intestino. Segundo o levantamento da SBOC, cerca de 10% dos homens não conhecem os dois primeiros e 19% afirmaram não conhecer o último”, explica Dr. Volney Soares Lima, diretor da SBOC. Segundo o especialista, esse completo desconhecimento em relação aos tipos mais comuns de câncer preocupa, pois faz com que quase 40% dos homens não realizem quaisquer exames preventivos – nem os mais simples, como check-ups e exames de próstata – e, destes, 22% digam que não os acham importantes.
Além dos exames, outra forma de combate primário ao câncer é ignorada pelos brasileiros: a alimentação, por exemplo, é um tópico sensível para grande parte dos homens. De acordo com o levantamento, 38% dos brasileiros não identificam alimentos embutidos como fatores de risco para o desenvolvimento de tumores. O resultado disso é que 57% da população masculina ainda não evita o consumo de produtos industrializados e 27% não vê relação entre sobrepeso e câncer. Para piorar, um a cada 10 não acha que exercícios físicos ao longo da vida são importantes para evitar a doença. “A obesidade é segunda maior causa de câncer, atrás apenas do cigarro, segundo a OMS. O desenvolvimento de câncer de cólon e reto está diretamente ligado a hábitos de vida, como alto consumo de carnes vermelhas e carnes processadas, pouca ingestão de frutas, legumes e verduras, obesidade e inatividade física”, explica Lima.
Outro vilão conhecido quando se trata de câncer é o álcool e, novamente, o comportamento dos brasileiros deixa a desejar. Segundo os dados da pesquisa, 32% deles não reconhecem que a ingestão de bebidas alcóolicas pode ser um fator relevante no desenvolvimento da doença e 44% ainda não procuram evitar o consumo de álcool. Pelo contrário: mais da metade dos homens (53%) ainda bebe – sendo que um a cada 4 bebe duas ou mais vezes por semana.
“É preciso que a população tenha em mente que adotar hábitos saudáveis e procurar diagnósticos no estágio inicial são fatores cruciais de prevenção e combate. Com o câncer de próstata, por exemplo, as chances de vencer a doença chegam a 90% quando o diagnóstico acontece na fase inicial. Por isso, é essencial conscientizar os brasileiros sobre a importância de fazer realizar exames preventivos e adotar hábitos saudáveis no dia a dia”, alerta o Dr. Volney Soares Lima.
SOBRE A SBOC – SOCIEDADE BRASILEIRA DE ONCOLOGIA CLÍNICA
A Sociedade Brasileira de Oncologia Clínica (SBOC) é a entidade nacional que representa mais de 1,4 mil especialistas em oncologia clínica distribuídos pelos 26 Estados brasileiros e o Distrito Federal. Fundada em 1981, a SBOC tem como objetivo fortalecer a prática médica da Oncologia Clínica no Brasil, de modo a contribuir afirmativamente para a saúde da população brasileira. Desde novembro de 2017, é presidida pelo médico oncologista Sérgio D. Simon, eleito para o biênio 2017/2019.
(giulia.jubelini@zenogroup.com)
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Guia para mulheres: veja o procedimento correto dos exames mais comuns
Papanicolau
Mamografia
Ultrassonografia mamária
Colposcopia
Ecografia pélvica e transvaginal
Densitometria óssea
Radiografia de tórax
Eletrocardiograma
Ecocardiograma
Teste cardiopulmonar
Realizado em uma esteira, o teste cardiopulmonar ou ergoespirométrico é a associação de um teste ergométrico convencional com a análise do ar espirado pelo paciente, que serve para especificar medidas diretas de parâmetros respiratórios, como consumo de oxigênio, produção de gás carbônico, frequência respiratória e ventilação pulmonar.
Segundo o Centro de Diagnósticos Brasil, não é necessário estar de jejum, mas recomenda-se que o paciente faça uma alimentação leve no dia. Não se deve ingerir café, chá ou bebida alcoólica e não fumar nas duas horas antecedentes à realização. Também não se deve suspender medicação de uso contínuo. Quanto às roupas, são pedidos blusa confortável, calça de moletom ou bermuda, tênis ou sapato com solado de borracha para a atividade física. Mulheres devem ir com um top ou sutiã reforçado.
Fonte: Correio Braziliense
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Da descoberta ao parto: veja todos os exames necessários para um pré-natal completo
Os diagnósticos variam conforme a semana de gestação; Ministério da Saúde recomenda, no mínimo, seis visitas até o parto
Um pré-natal completo e bem realizado é indispensável para garantir que a mãe e o bebê cheguem ao parto com segurança e saúde, e também para acompanhar, de perto, todo o desenvolvimento da criança. É importante que a gestante marque sua primeira consulta com o médico ginecologista obstetra tão logo note um atraso menstrual ou descubra a gravidez, para dar início à primeira rotina de pré-natal.
Nela, além de verificar o estado geral da paciente, com uma conversa sobre eventuais queixas, medição da pressão, peso e outras aferições, serão solicitados exames que revelam como está a saúde da gestação. Os usuais são: hemograma, tipagem sanguínea (mulheres com fator Rh negativo devem ter condutas especiais para evitar a eritroblastose fetal, uma doença hemolítica por incompatibilidade Rh, em gestações futuras), sorologia para HIV, hepatites B e C, sífilis e toxoplasmose, medição de TSH (o hormônio estimulante da tireoide), glicemia em jejum, parcial de urina e, eventualmente, parasitológico de fezes.
Nas consultas iniciais, o médico pode ainda solicitar sorologia para rubéola e citomegalovírus, além de pesquisa de trombofilias congênitas. Apesar do protocolo, cada gestação é única e, por isso, as condutas podem ser individualizadas para cada gestante.
Diagnósticos de imagem
Se o tempo de gestação for inferior a dez semanas, a primeira ecografia deve ser uma transvaginal obstétrica, importante para calcular o tempo de gestação, a data provável do parto e verificar o embrião e o saco gestacional. A ultrassonografia morfológica de primeiro trimestre, feita via abdominal entre a 11ª e 13ª semanas de gestação indica, grosseiramente, o risco de ser um bebê sindrômico.

Foto: Bigstock.
Em gestações normais, de baixo risco, solicita-se uma nova ultrassonografia morfológica, agora de segundo trimestre. Feita entre as 20ª e 23ª semanas de gestação, esse exame mede o colo uterino, estima a chance de o bebê ter alguma malformação cardíaca e fornece um bom panorama do andamento da gravidez. Também já é possível medir o feto e estimar seu peso, além de analisar os órgãos. Na maior parte dos casos já é possível descobrir o sexo da criança.
Outros testes
A segunda rotina de pré-natal tem início em seguida e, entre a 24ª a 28ª semanas, é ideal que seja realizado o teste de tolerância oral à glicose, um exame laboratorial que identifica a resistência à insulina para diagnosticar o diabetes mellitus gestacional, uma condição que afeta sobremaneira a saúde do bebê. Nessa fase também são repetidos alguns exames, como o hemograma.
Nas 34ª e 35ª semanas, é realizado um ultrassom para novamente estimar o peso, verificar a posição do bebê, que pode ser pélvico (sentado) ou cefálico (posição ideal para o parto normal), avaliar a maturidade da placenta e a quantidade de líquido amniótico.
Nesse período também é feita uma pesquisa para a bactéria estreptococo. Nesse exame, popularmente conhecido como “teste do cotonete”, são colhidas amostras da vagina e da região anal. Se o resultado for positivo, é administrado um antibiótico no momento do parto, para prevenir infecções graves no bebê, como a sepse neonatal precoce, pneumonia e meningite.
Frequência
Em uma gestação saudável, as consultas, inicialmente, têm periodicidade mensal. Ao se aproximar da 28ª semana, os encontros com o médico passam a acontecer a cada três semanas. A partir da 34ª semana, as consultas acontecem a cada 14 dias e, após a 37ª semana, semanalmente até o bebê nascer.
O Ministério da Saúde recomenda que as visitas ao médico aconteçam, pelo menos, seis vezes até o parto. Contudo, a maior parte dos especialistas prefere ver suas pacientes com uma frequência muito maior.
Saiba a época certa de fazer outros exames de pré-natal específicos:
Amniocentese
É realizado com o auxílio de uma agulha para puncionar uma amostra de líquido amniótico que será analisada em laboratório. Esse exame é capaz de confirmar doenças como anemia falciforme ou talassemia, a distrofia muscular e a fibrose cística. É feito a partir da 15ª semana de gestação (mas só é indicado se houver suspeita, com base em alterações em investigações anteriores ou doença hereditária na família).
Cordocentese
Feito a partir da 18ª semana de gestação, requer a retirada de uma amostra de sangue do bebê, por meio do cordão umbilical, para investigar anomalias cromossômicas e doenças como toxoplasmose, rubéola, anemia ou citomegalovírus.
Biópsia do vilo corial
Por meio de uma punção com agulha, entre a 10ª e 13ª semanas, o especialista retira uma amostra de tecido da placenta, cujo material genético é idêntico ao do bebê, e o analisa em laboratório para rastrear alterações como a síndrome de Turner, a fibrose cística e a anemia falciforme.
Para os três exames, se não houver outra indicação específica de investigação, habitualmente serão rastreadas alterações cromossômicas por meio do cariótipo fetal.
Casos especiais
Alterações em algum dos exames comuns do pré-natal, idade materna avançada, gestantes com doenças prévias, hipertensão ou diabete, história familiar de doenças hereditárias e gestação de múltiplos, por exemplo, exigem um pré-natal mais cuidadoso, a critério de cada médico. Esse pré-natal “especial” pode envolver um maior número de consultas e exames específicos e mais intensivos, como a ecografia obstétrica com medida da translucência nucal.
Realizada durante o exame de ultrassom de primeiro trimestre (entre 11 e 13 semanas) em todas as gestantes e tem como objetivo medir uma prega na nuca do feto, já que determinadas síndromes cromossômicas promovem acúmulo de líquido nessa região, alterando sua medida. Durante esse exame, também se verifica a presença do osso nasal, cuja ausência é mais um indicador de anormalidade, e o fluxo no ducto venoso que, quando alterado, pode ser indicativo de alterações no coração.
O resultado da translucência nucal, em casos suspeitos, pode ser combinado com o de um exame feito a partir de uma amostra de sangue da mãe, em que são dosadas duas substâncias, o BHCG livre e o PAPPA, ajudando a identificar possíveis alterações cromossômicas no bebê. No entanto, o teste indica apenas uma probabilidade, pois é passível de resultado falso-positivo e falso-negativo. A associação dos dois testes é uma estratégia que aumenta muito a confiabilidade do resultado. Para se ter uma ideia, a medida isolada da translucência nucal (associada à idade materna) garante uma taxa de detecção em torno de 60%. Ao incluir a avaliação bioquímica, esse índice passa a ser superior a 90%.
Diagnóstico de síndromes
Uma importante evolução na medicina diagnóstica pré-natal é o Teste Pré-Natal Não-Invasivo (NIPT), que possibilita identificar ou descartar problemas genéticos no bebê a partir de uma amostra de sangue da mãe.
O índice de acerto é de 99% para as síndromes de Down, de Patau, de Edwards, de Klinefelter e de Turner. Disponível apenas na rede particular, ele é feito a partir da 9ª semana de gestação.
O exame não substitui os métodos invasivos, uma vez que não permite uma análise completa dos cromossomos, mas uma avaliação específica para as síndromes investigadas. Todo exame alterado deve ser confirmado, idealmente, por uma avaliação direta do material fetal. É questionável, também, o uso desse exame em caso de malformação confirmada no feto, considerando que as análises por meio de amniocentese ou cordocentese são mais completas. O NIPT é geralmente indicado para gestantes de menor risco para anomalias cromossômicas ou com idade materna avançada e sem histórico familiar de alterações.
Fontes consultadas: Beatriz dos Santos, ginecologista do Hospital Marcelino Champagnat e autora do blog Mulher Descomplicada (www.mulherdescomplicada.com.br); Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz); Dafne Horovitz, coordenadora clínica do Centro de Genética Médica do Instituto Nacional de Saúde da Mulher, da Criança e do Adolescente Fernandes Figueira (IFF/Fiocruz).
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Sabia que o exame de ultrassom das carótidas pode ajudar a prevenir o AVC?
As artérias carótidas podem ficar entupidas e comprometer as funções cardiovasculares e do cérebro
Como mostra o médico, a realização de ultrassom das artérias carótidas pode ajudar na prevenção de doenças cardiovasculares e, principalmente, de AVC (foto: Pixabay)
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Você conhece as carótidas? Elas são artérias localizadas nos dois lados do pescoço, responsáveis por transportar sangue rico em oxigênio para o cérebro. Quando uma delas não está em pleno funcionamento, talvez pelo acúmulo de placas de gordura nas paredes, o cérebro fica sem o suprimento necessário e o paciente pode sofrer um Acidente Vascular Cerebral (AVC). Estimativas apontam que 15% dos AVC’s isquêmicos são causados por aterosclerose das carótidas. Uma forma de prevenir esse problema é o exame que avalia o espessamento médio-intimal da parede da artéria carótida comum.
“Há casos em que a disfunção erétil de origem arteriogênica pode ser a primeira manifestação de doença cardiovascular por aterosclerose”, comenta o ultrassonografista Leonardo Piber, do CDB Medicina Diagnóstica, em São Paulo. “Metade dos pacientes que sofreram infarto geralmente já tinham placas obstruindo vasos do coração. De modo geral, as pessoas não devem achar que podem comer de tudo, sem censura, e que o organismo não vai se ressentir mais adiante. Quando o paciente tem uma dieta pouco saudável, rica em carnes vermelhas, carboidratos, sal e açúcar, mais cedo ou mais tarde surgem problemas de saúde. Principalmente se, além disso, ele for fumante, sedentário ou se tiver pais que já sofreram infarto ou derrame”, afirma o especialista.
Segundo o médico, o ultrassom das carótidas com Doppler é um dos melhores exames para avaliar o problema. “Trata-se de um procedimento rápido e indolor que evidencia o espessamento da artéria carótida. O resultado costuma ser usado como referência da doença vascular. Por exemplo, quando um paciente adulto, com menos de 65 anos, tem um espessamento de artéria maior que um milímetro, o risco de sofrer um infarto ou um AVC é seis vezes maior. Neste caso, seu médico cardiologista deverá fazer um controle mais rígido das taxas de colesterol e triglicerídeos, da pressão arterial e, inclusive, maior controle do peso”, esclarece Leonardo Piber.
Na opinião do especialista, quem tem histórico familiar de doenças do coração deve se prevenir já a partir dos 35 anos. “Nessa faixa etária, é sempre bom procurar um médico, fazer um check-up completo do coração e dar início a um projeto de vida que contemple evitar o acúmulo de placas de gordura nas artérias. Até mesmo um simples exame de sangue poderá apontar o risco de a pessoa sofrer um infarto em cinco ou 10 anos. Mas, quem tiver condições de fazer toda a bateria de exames, incluindo o ultrassom das carótidas, terá uma noção mais próxima da realidade sobre o que deve fazer para preservar a saúde por mais tempo e evitar um infarto ou um derrame cerebral. Geralmente, uma dieta saudável e equilibrada, exercícios aeróbicos e o abandono do fumo e do álcool em excesso, vão ajudar bastante, associados, muitas vezes, a medicamentos de uso contínuo”, explica o ultrassonografista.
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Dia das Mães – HCor alerta para a importância do diagnóstico fetal no período gestacional
Cerca de 2% de todos os bebês nascidos são portadores de malformações congênitas, sendo as cardiopatias as mais frequentes e graves. As patologias do coração têm incidência infantil significativa, atingindo de cinco a oito crianças a cada 1000 nascidas. Todos os anos, cerca de 130 milhões de crianças nascem no mundo com algum tipo de cardiopatia congênita. Desse total, cerca de 24 mil crianças nascem no Brasil.
A conscientização dos pais, em relação à importância do diagnóstico precoce das anomalias cardíacas, faz toda diferença para o êxito do tratamento. Para a Dra. Simone Pedra, cardiologista fetal e coordenadora da Unidade Fetal HCor (Hospital do Coração), a maior procura por diagnósticos mais completos se deve a preocupação dos pais e dos médicos em identificar possíveis problemas cardíacos ainda na gestação. “O acompanhamento e o tratamento de um bebê cardiopata ainda na gestação, é primordial para a saúde do feto, por isso exames cardiológicos mais específicos auxiliam a equipe médica a decidir a melhor forma de tratamento”, afirma a cardiologista.
As patologias do coração têm incidência infantil significativa, atingindo de cinco a oito crianças a cada 1000 nascidas. Cerca de 50% das cardiopatias congênitas são tão graves que podem trazer sintomas ainda dentro do útero ou imediatamente após o nascimento, com a necessidade de tratamento específico nas primeiras horas ou dias de vida. O conhecimento pré-natal destas anomalias favorece imensamente a evolução clínica destes bebês, pois permite uma programação do local ideal de nascimento, da idade gestacional e via de parto apropriada.
“Atualmente já é possível tratar ou melhorar 70% das cardiopatias congênitas, principalmente aquelas de menor gravidade, com técnicas de cateterismo. Em casos mais graves a cirurgia se faz necessária e nos mais complexos optamos pelos procedimentos híbridos, em que o cirurgião e o intervencionista trabalham juntos”, ressalta o Dr. Carlos Pedra, intervencionista pediátrico do HCor.
O ecocardiograma passou a ser o principal recurso diagnóstico dos casos de cardiopatias congênita. Anteriormente o estetoscópio tinha esse papel. Além disto, o ecocardiograma passou a ser, também, aplicado para diagnosticar as malformações cardíacas ainda na vida fetal. E, mais recentemente, os procedimentos híbridos, que mesclam a utilização do cateterismo e da cirurgia cardíaca, também despontaram como uma alternativa promissora.
A importância do diagnóstico fetal nos primeiros meses de gestação:
As cardiopatias congênitas podem ser detectadas ainda na vida fetal. Durante a gestação, alguns exames facilitam a detecção da doença. Os exames de ultrassom morfológico, realizados rotineiramente nos primeiro e segundo trimestres gestacionais, fazem o rastreamento da má formação no coração da criança. Quando há suspeita de alguma anormalidade é realizado um ecocardiograma do coração do feto, que permite avaliar e detectar detalhadamente anormalidades estruturais e da função cardíaca.
Herança Genética:
Um dos fatores de risco para o desenvolvimento da cardiopatia congênita é a herança genética. Pais e mães portadores de cardiopatias congênitas apresentam uma chance duas vezes maior de gerar um bebê cardiopata. “O mesmo ocorre quando o casal já gerou um bebê com malformação cardíaca. Algumas cardiopatias, em particular, tem uma chance de recorrência ainda maior, chegando até 10% em gestações subsequentes”, ressalta Dra. Simone.
Não há formas de prevenir a doença, porém, algumas mudanças comportamentais podem ajudar para o bom desenvolvimento do bebê. Antes de engravidar, a mulher deve procurar um médico para ver se seu estado de saúde está bem e iniciar a ingestão diária de uma vitamina chamada “ácido fólico”, que deve ser receitada pelo obstetra. “A deficiência dessa vitamina pode ser um fator desencadeador de malformações cardíacas e do sistema nervoso central do feto. Além do acompanhamento médico, a grávida deve adotar uma alimentação saudável, abolir o fumo, as bebidas alcoólicas e o consumo de medicamentos sem o conhecimento do seu especialista”, destaca a cardiologista.
Fonte: segs.com.br
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Artrite reumatoide compromete articulações e outros órgãos
A artrite reumatoide é uma doença inflamatória autoimune, que pode causar dor e inchaço principalmente nas articulações do corpo
Dor, inchaço e rigidez nas articulações. Esses são os sintomas principais da chamada artrite reumatoide. A doença, que é autoimune – quando o corpo ataca a si mesmo, causando a doença -, é um dos tipos de artrite. E além das articulações, a enfermidade também pode causar processos inflamatórios em outros órgãos, como rins e pulmões.
“A causa exata ainda é desconhecida, porém sabe-se que acontece quando o sistema de combate às infecções do corpo, chamado sistema imunológico, ataca as articulações”, explica Roberto Rached, fisiatra do Hospital das Clínicas, de São Paulo. Além da artralgia (conhecida como dor articular), a artrite reumatoide se apresenta com edema (inchaço), calor e rubor (vermelhidão) articulares.
Sintomas
A artrite reumatoide possui alguns estágios: leve, moderado e grave, e ela pode se comportar de maneira diferente em cada paciente. “Alguns já começam as manifestações com quadros graves, inclusive com envolvimento de outros órgãos”, aponta Adriana Pato, médica reumatologista da Paraná Clínicas, em Curitiba.
No início da artrite reumatoide, os sintomas predominantes são dor, rigidez e inchaço de muitas articulações, normalmente, das mãos e dos pés. “O inchaço pode ser devido ao aumento da quantidade de vasos sanguíneos na região. Outras articulações dos membros superiores e inferiores também são comumente afetadas”, conta Rached.
Caso o problema não seja tratado desde início, os sinais podem se acentuar cada vez mais, inclusive com a incidência de outros sintomas, como anemia, fadiga, nódulos subcutâneos, inflamações nos revestimentos do coração, pulmão e olhos, lesões nos nervos, aumento do baço, inflamações nos vasos sanguíneos e doença renal.
“Geralmente, os sinais da artrite reumatoide não estão apenas relacionados à mobilização e esforço físico, sendo características da doença a dor mais intensa no período da manhã e rigidez matinal. No início do quadro, os sintomas são mais leves. Pode também haver sinais inespecíficos como febre, emagrecimento e mal-estar geral”, acrescenta Adriana.
Grupos suscetíveis
De acordo com Jayme Fogagnolo Cobra, reumatologista e coordenador do serviço de reumatologia do Hospital Assunção, em São Bernardo do Campo, não há grupo de risco para a artrite reumatoide. Entretanto, a doença é muito mais frequente entre as mulheres e, na maioria das vezes, se inicia entre os 30 e 50 anos. Isso por conta da carga hormonal de estrogênio nelas ser muito maior do que nos homens.
“Todos podem vir a desenvolver a doença. O que se sabe é que fatores genéticos influenciam de forma definitiva. Assim, se houver na família alguém que desenvolveu a artrite reumatoide, há uma chance maior dos descendentes desenvolverem a doença, em comparação com pessoas que não possuem esses antecedentes familiares”, afirma.
Diagnóstico
Para chegar ao diagnático de artrite reumatoide, o médico reúne dados clínicos, assim como a história familiar, exame físico e exames de laboratório e de imagem. Os exames frequentemente utilizados são: raio-X de mão e pés, ultrassonografia com doppler das articulações, ressonância magnética das articulações e exames de sangue.
Já o tratamento para artrite reumatoide é feito principalmente com combinações de alguns remédios que podem chegar ao controle completo da doença, oferecendo qualidade de vida plena aos doentes. “E associado à terapia com remédios, é indicado o acompanhamento fisioterápico e psicológico e terapia ocupacional”, fala Cobra.
Cuidados indicados
Ao seguir a terapia de forma correta, o paciente tem maior chance de brecar os efeitos da artrite reumatoide. “Além disso, quanto mais precoce a doença é identificada e tratada, maior a chance de depois de alguns anos a doença estar controlada e ser possível a retirada dos remédios”, conta o reumatologista.
Isso não quer dizer que a pessoa está curada, mas sim que a artrite reumatoide está em remissão, ou seja, adormecida no organismo. Por isso, será necessário um monitoramento constante feito pelo médico. E como se trata de uma doença autoimune, não é possível prevenir a enfermindade.
“A dica é ficar atento aos sintomas iniciais da doença, como dores constantes em muitas articulações, principalmente das mãos, com rigidez pela manhã por mais de 1 hora, que persiste por mais de três semanas. Além disso, procurar ajuda médica para que a doença seja rapidamente identificada e tratada, aumentando as possibilidades de colocar a artrite reumatoide em remissão o mais rapidamente possível, diminuindo o risco de aparecimento de sequelas”, finaliza Jayme Cobra.
Fonte: Revista de Mulher
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Ultrassom: o que é, como é feito e para que serve
Saiba como funciona e quando fazer esse exame que usa ondas sonoras para investigar o interior do corpo

O ultrassom pode, por exemplo, mostrar um bebezinho dentro do útero! (Foto: Divulgação/SAÚDE é Vital)
Também chamado de ultrassonografia e ecografia, o ultrassom é um exame de imagem realizado por um transdutor, aquele aparelhinho que o médico encosta na pele da pessoa e que emite e capta ondas sonoras por meio do contato com o corpo humano. Com base nessa avaliação, imagens são formadas e investigadas por um médico.
Prático, acessível e sem nenhum efeito colateral, é amplamente utilizado no diagnóstico e acompanhamento de uma série de condições.
Para que serve o ultrassom
Por ser inofensivo, o exame é usado principalmente em crianças e gestantes, seja como parte do pré-natal ou no rastreamento de males em recém-nascidos. Mas não só isso.
O teste também é empregado para traçar uma primeira avaliação do estado de órgãos internos, como o fígado e os rins. Nas mulheres, o ultrassom transvaginal analisa o útero, ovários e colo uterino.
Suspeitas de infecções como a apendicite, doenças que afetam a tireoide e os vasos sanguíneos, cálculos na vesícula e nos rins também são detectados em poucos minutos. Há ainda a possibilidade de analisar o estrago de lesões ortopédicas em tecidos moles, como ligamentos e cartilagem… Ufa!
Como é feito
A pessoa é posicionada na maca – a parte do corpo a ser examinada pelo ultrassom não pode estar com roupas. É importante também que não haja ar entre o transdutor e a pele, o que comprometeria a qualidade das imagens. Para garantir, o médico radiologista lambuza o aparelho e próprio paciente com gel.
Durante o exame, que dura cerca de 30 minutos (o tempo varia conforme a aplicação), o dispositivo “troca sons” com o corpo. Como assim? Ora, as ondas sonoras entram e os ecos de sua passagem pelo corpo são “escutados” pelo computador, que transforma os sinais em fotos ou vídeos.
Os resultados
A partir dessa avaliação, imagens em 2D e em 3D são geradas e, então, interpretadas pelo radiologista, que emite laudos sobre a composição da parte do corpo investigada. Em tons de cinza, podem aparecer massas, lesões ou presença de líquidos, assim como alterações na estrutura, altura e composição de órgãos e tecidos moles.
Periodicidade
Não há restrição de frequência. Ou seja, o ultrassom é feito de acordo com a necessidade médica. Essa, inclusive, é outro motivo para ser usado preventivamente no acompanhamento da saúde da mulher e durante a realização do pré-natal. Nesse último caso, costuma ser realizado pelo menos quatro vezes durante os nove meses.
Principais cuidados e contraindicações
Praticamente todo mundo pode se submeter a ele, mas há limitações técnicas. Por exemplo: para que as imagens sejam mais nítidas, não deve haver acúmulo ou sobreposição de gases entre o transdutor e o órgão a ser avaliado. Só que o corpo naturalmente produz gases – e isso pode atrapalhar a visualização.
O ultrassom também não vê perfeitamente estruturas mais profundas e densas, como a coluna. Nesses casos, o médico solicita outros testes, como a tomografia e a ressonância magnética, para complementar o diagnóstico.
Fonte: Abril – Saúde
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Entenda a função e como é feito o ultrassom transvaginal
O ultrassom transvaginal é um exame conhecido das rotinas ginecológicas e obstétricas. Por meio dele, o médico pode ter uma visualização de todo o aparelho reprodutor feminino, útero, ovários e trompas. O exame pode ser utilizado para diagnosticar miomas, câncer e gravidez. Além disso, é um forte aliado das técnicas de reprodução assistida.

Foto: iStock
De acordo com Luciene Kanashiro Tsukuda, utrassonografista da clínica Huntington Medicina Reprodutiva, de São Paulo, o exame faz parte de todos os procedimentos que envolvem as técnicas de reprodução. “O médico pede o exame durante a investigação do casal, no decorrer do tratamento e, por fim, faz-se um ultrassom transvaginal para confirmar a gravidez”, explica.
O exame é essencial durante o período da estimulação ovariana. Por isso, é feito com intervalos de dois dias. É por meio dele que o especialista vai analisar a evolução do tratamento, como anda o crescimento dos folículos (uma espécie de cápsula que abriga o óvulo até o momento em que ele amadurece e é expelido para a fecundação) e qual é o momento certo para marcar o procedimento de fertilização. Mesmo que não haja indução ovulatória por meio de hormônios, a mulher faz o ultrassom para que o médico avalie qual é o ritmo em que seu corpo ovula.
O exame O exame é simples. O ultrassonografista vai inserir uma sonda, envolta por um preservativo e gel lubrificante, na vagina da paciente. É por meio desse objeto que o especialista capta as imagens do aparelho reprodutor feminino.
Segundo Luciene, no caso das pacientes de reprodução assistida, algumas sessões do exame serão feitas durante o período menstrual. Isso acontece porque o tratamento de reprodução começa nos primeiros dias do ciclo.
Na rotina ginecológica, em ocasiões específicas, o médico também pode pedir que o ultrassom seja feito enquanto a mulher está menstruada. No entanto, na maioria das vezes, é indicado o contrário. A paciente faz a captação das imagens logo depois que o ciclo termina.
Fonte: Terra
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Ultrassom superfiel mostrou exatamente como bebê dorme após o parto: antes e depois!

Novas tecnologias foram capazes de melhorar a qualidade do ultrassom e, atualmente, é possível ver detalhes dos bebês mesmo dentro da barriga de suas mamães. A norte-americana Sarah Kelleher Steppling comprovou isso e mostrou até como pequenos gestos dos bebês dentro do útero podem se repetir depois do nascimento.
Ultrassom 3D: antes e depois
Michael Steppling é o filho de apenas três semanas de Sarah e Ross Gustavius Steppling. A família mora na Carolina do Sul e uma das fotos de seu filho acabou conquistando a internet.
Isso porque Sarah notou que o pequeno Michael dorme com os bracinhos para cima, da mesma maneira como foi visto durante um ultrassom. Tendo registrado, na época, o bebê em sua barriga, Sarah foi capaz de bater uma segunda foto do filho, depois do parto, e fazer uma comparação.

Imagens assim já foram compartilhadas por médicos que fazem o ultrassom, pois muitos ficam encantados com as capacidades dos bebês quando ainda não estão em contato com o mundo fora da barriga da mãe.
Veja o pequeno Michael no ultrassom e depois do nascimento:

Fonte: Vix.com
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