Estudo genético pode ajudar a melhorar tratamentos do diabetes tipo 2
Pesquisadores australianos usaram ferramenta estatística para entender melhor como e por que genes estão associados com o diabetes tipo 2
Novo estudo realizado por pesquisadores da Universidade de Queensland, na Austrália, pode resultar em melhores tratamentos para o diabetes tipo 2.
O professor Jian Yang, do Instituto de Biociências Moleculares (IMB) e do Instituto do Cérebro de Queensland, e o pesquisador Angli Xue, investigaram como variantes genéticas no DNA podem desencadear a doença. “O maior tamanho de amostra até o momento – quase 63.000 pessoas com diabetes tipo 2 e cerca de 600.000 pessoas sem a doença – nos permitiu identificar 42 novas variantes genéticas”, disse o professor Jian Yang.
A equipe usou uma ferramenta estatística co-desenvolvida pelo Professor Yang para examinar genes de uma nova maneira, e integrou outras informações biológicas para obter uma compreensão mais clara de como e por que os genes estão associados ao diabetes tipo 2. “Usando essa técnica, examinamos como uma série de genes pode estar ligada ao desenvolvimento do diabetes tipo 2”, explica o Dr. Yang. O pesquisador afirmou que a descoberta é um grande passo na compreensão das causas subjacentes da doença: “Descobrimos que alguns dos genes identificados já são alvos de drogas aprovadas existentes, fornecendo uma oportunidade potencial para reutilizar esses medicamentos para tratar o diabetes tipo 2.”
O professor Yang disse que estudos genéticos adicionais serão importantes no combate às maiores preocupações de saúde do mundo. “A prevalência mundial de diabetes tipo 2 quase dobrou de 4,7 por cento em 1980 para 8,5 por cento em 2014”, disse ele. “Saber mais sobre como nossos genes contribuem para o seu desenvolvimento é fundamental para encontrar novas oportunidades para prevenir e tratar esta doença.”
Fonte: www.t4h.com.br
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Alunos da UFF desenvolvem próteses robóticas de baixo custo
O Brasil registra anualmente cerca de 40 mil casos de amputação por motivos de acidente ou doença.
O Sistema Único de Saúde (SUS), por sua vez, não consegue atender a demanda da população, pois a maioria das próteses robóticas são importadas e caras. Com foco nessa realidade, um grupo interdisciplinar formado por alunos dos cursos de Medicina, Computação, Engenharia e de Telecomunicações da Universidade Federal Fluminense (UFF) se reuniu e criou o Projeto da Rede Acadêmica de Cibernética e Humanidades (Reach), com a finalidade de desenvolver próteses de baixo custo.
De acordo com o coordenador do Núcleo de Estudos de Tecnologias Avançadas (NETAv), Prof. Dr. Ricardo Campanha Carrano, a preocupação com a causa social, em especial com os pacientes amputados atendidos pelo SUS, mobilizou alunos e professores a participarem do trabalho. Para facilitar essa integração, foi criado um grupo no aplicativo WhatsApp chamado de “Reach – Nave Mãe”, com 63 participantes. São cinquenta alunos envolvidos, sendo dez de maneira mais ativa, dez professores de diversas unidades da UFF, além de pessoas que ajudam o projeto e que não têm vínculo com a universidade. “Todo o design de logomarcas e banners, por exemplo, foi elaborado voluntariamente pela jornalista Erika France, formada pela UFF. Ela cedeu seu tempo, por acreditar na causa”, destaca.
Segundo ele, o Projeto Reach, que completará um ano em junho, é uma iniciativa exclusivamente de alunos. O grupo empreendedor bateu de porta em porta nos laboratórios e departamentos, angariando apoio. A iniciativa fez com que muitos professores se prontificassem a ajudar, orientando alunos, apresentando a outros parceiros, dentro e fora da UFF. “O professor da Engenharia de Telecomunicações, Dr. João Marcos Meirelles, e o pesquisador do Laboratório MidiaCom, Dr. Flávio Seixas, são exemplos de docentes que se dispuseram a ajudar e hoje são peças chave na iniciativa”, ressalta.
Parceria
Os protótipos das mãos estão sendo montados no Laboratório de Telemetria e Telecontrole (LaTelCo), vinculado ao Departamento de Engenharia de Telecomunicações. Em um segundo passo, a mão robótica será destinada a pacientes amputados do SUS. Nesse sentido, a equipe está buscando firmar uma parceria com a Associação Fluminense de Reabilitação (AFR). “Há um ciclo a ser vencido, até que tenhamos confiança na maturidade do produto. E claro que ser ofertado pelo SUS é o nosso grande objetivo”, afirma Robinson Júnior.
Já de acordo com o professor Ricardo Carrano, a ideia é que a mão robótica seja patenteada, produzida em escala industrial e oferecida gratuitamente ao público. Para isso, as patentes do projeto eventualmente geradas serão da universidade, até como forma de proteger a propriedade intelectual e seu objetivo social. “Ainda não vivenciamos a fase de buscar empresas para a produção da mão. Estamos nas etapas iniciais do projeto, testando conceitos e técnicas”, esclarece o pesquisador.
Contudo, os recursos dos projetos e inventos da UFF, segundo o professor, poderão retornar à universidade na forma de patentes que gerarão royalties, isso quando há interesse comercial pelo licenciamento da tecnologia desenvolvida. No entanto, o grande retorno para a universidade, que advêm do Reach, é a inserção dos alunos em projetos transdisciplinares que conciliam os objetivos primeiros e nobres de uma instituição pública: o ensino, a pesquisa e a extensão. “É a UFF cumprindo seu papel na sociedade, que é a grande beneficiária do projeto”, conclui.
Fonte: página da UFF.
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Novo parecer sobre Ultrassom de Mamas e Axilas
A Comissão Nacional de Mamografia do Colégio Brasileiro de Radiologia e Diagnóstico por Imagem (CBR), por meio do novo parecer do CBR ratificado pela Associação Médica Brasileira (AMB), informa:
A Ultrassonografia é um exame importante na avaliação mamária, apresentando indicações específicas. É utilizada principalmente para caracterizar alterações palpáveis ou detectadas à mamografia (geralmente nódulos e assimetrias), assim como para o rastreamento complementar à mamografia no grupo de mulheres com mamas densas.
Apresenta ampla disponibilidade e custo acessível, com uma boa acuracidade.
Recentemente, consultada, a AMB informou que a valoração da ultrassonografia mamária (4.09.01.11-4 – US Mamas) não engloba a avaliação das axilas. Dessa forma, nos casos em que a avaliação das mamas e das axilas for solicitada pelo médico assistente, devem ser utilizados os dois códigos disponíveis na Tabela CBHPM (ou similares):
– Referentes às mamas (4.09.01.11-4 – US Mamas);
– Referentes às axilas (4.09.01.21-1 – US Estruturas superficiais – cervical ou axila ou músculo ou tendão).
Comissão Nacional de Mamografia e Defesa Profissional do CBR
Fonte: Colégio Brasileiro de Radiologia
Publicado em 4 de julho de 2018
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O que é sarampo: saiba mais sobre a doença por trás de surtos no Brasil
Sintomas, vacinas, transmissão, tratamento… Conheça a doença que vem assustando diferentes estados brasileiros – e que pode se espalhar ainda mais.
Já há surtos de sarampo no Amazonas e em Roraima. O Rio Grande do Sul, por sua vez, confirmou alguns casos, enquanto o Rio de Janeiro investiga uma série de quadros suspeitos. Mas o que é sarampo? Como ele é transmitido? Quem deve tomar a vacina e como evitar a doença?
O que é sarampo e quais seus sintomas
É uma doença infecciosa por um vírus altamente contagioso – falaremos da transmissão mais pra frente. Parte das pessoas que o contraem lidam com ele sem manifestar quaisquer sintomas. Outras sofrerão com:
• Manchas no corpo e no rosto
• Coceira
• Conjuntivite
• Febre
• Tosse persistente
• Infecção no ouvido
O maior problema, no entanto, envolve as crianças, que têm o sistema imunológico mais frágil. Entre elas, quadros de pneumonia, convulsões e morte são mais comuns.
Pois é: o sarampo está longe de ser uma doença leve, como às vezes se propaga. Tanto que, antes do surgimento da vacina e das campanhas subsequentes, ele foi uma das principais causas de mortalidade infantil no mundo.
Como essa infecção é transmitida
O vírus é facilmente passado de um indivíduo para outro através de secreções. Ou seja, um espirro ou um beijo são mais do que o suficiente.
A enfermidade é transmitida durante a fase mais ativa do problema, em que o paciente apresenta febre alta e mal-estar, por exemplo. Isso costuma durar uns quatro dias.
Eu devo tomar a vacina?
Hoje, tanto a tríplice viral quanto a tetravalente (contra sarampo, caxumba, rubéola e catapora) estão disponíveis na rede pública e privada.
A versão tríplice viral idealmente deve ser aplicada em bebês de 12 meses, com um reforço aos 15 meses de vida. O imunizante também é ofertado para pessoas de até 49 anos que não foram vacinadas. Se você não sabe se recebeu suas doses, converse com um médico e vá ao posto de saúde.
A proteção conferida pela vacina é alta. Mais de 90% dos sujeitos que recebem as duas doses criam um bloqueio duradouro contra o vírus.
Fora isso, ela é segura na população indicada. E, mesmo nos poucos casos em que gera reações adversas, pode ter certeza: eles são bem menos preocupantes do que a doença em si.
Só é importante conferir se o indivíduo é alérgico ou se possui alguma contraindicação. Nada que uma conversa com o profissional de saúde não resolva – veja mais detalhes da vacinação aqui.
Como tratar o sarampo
Não há um remédio específico para a doença – mais um motivo para não deixar de se vacinar. O paciente deve se manter sempre hidratado e bem alimentado, enquanto os médicos lidam com as consequências do quadro, como diarreia.
Fonte: Saúde/Abril
Publicado em 5 de julho de 2018
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Sensor detecta predisposição genética ao câncer de mama
O professor Bruno Campos Janegitz, da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), conquistou menção honrosa na 13ª edição do prêmio Mercosul de Ciência e Tecnologia pelo desenvolvimento de um sensor eletroquímico de DNA que detecta a predisposição genética ao câncer de mama.
Com o tema “Tecnologias para a Economia do Conhecimento”, o prêmio é uma parceria da Unesco e o Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC) com a participação de pesquisadores da Argentina, Bolívia, Brasil, Chile, Colômbia, Equador, Paraguai, Peru, Uruguai e Venezuela.
“O prêmio é um incentivo e também uma oportunidade para alguma empresa mostrar interesse em investir no desenvolvimento do produto. Com testes clínicos e mais pesquisa, futuramente poderemos ter um dispositivo que detecta a predisposição de um tipo de câncer de mama a partir de um teste de saliva ou sangue, que acreditamos teria o custo de R$ 70 a R$ 80, algo bastante viável e que poderia salvar muitas vidas”, disse Janegitz, que é coordenador do Laboratório de Sensores, Nanomedicina e Materiais Nanoestruturados (LSNano) na Universidade Federal de São Carlos, campus Araras.
O sensor eletroquímico de DNA detecta mutações no gene BRCA1, que estão associadas aos tumores de mama triplo-negativos. Esse tipo de câncer ficou conhecido mundialmente em 2013, quando a atriz norte-americana Angelina Jolie se submeteu a duas mastectomias após ter descoberto, a partir de um exame com base no sequenciamento genético, que teria risco de 87% de desenvolver a doença.
Janegitz explica que o trabalho premiado também foi tema da dissertação de mestrado em Física Biomolecular de Laís Ribovski, do Instituto de Física de São Carlos da Universidade de São Paulo (IFSC-USP), sob sua orientação.
O dispositivo, patenteado pela USP, foi testado com material genético sintético a partir de métodos eletroquímicos. Para obter o diagnóstico de predisposição da doença, o bastão de polímero com um condutor elétrico interno é posto em contato com uma amostra sintética do código genético.
“O que fazemos é pegar parte desse DNA e colocar em contato com o eletrodo. Caso haja a mutação em BRCA1, por exemplo, as bases nitrogenadas vão formar dupla hélice com o eletrodo. Porém, se não houver, não vai dar sinal, não vai ocorrer a formação clássica de dupla hélice do DNA. Assim é possível identificar a predisposição para a doença a partir de diferentes sinais eletroquímicos”, disse Janegitz à Agência FAPESP.
O pesquisador ressalta, no entanto, que o teste indica predisposição, não a ocorrência da doença. “Conseguimos identificar se há a alteração genética, se tem o genótipo. O grande diferencial desse teste é ele ser muito mais barato e consequentemente mais abrangente que o método tradicional por sequenciamento genético do paciente”, disse.
Fonte: Agência FAPESP
Publicado em 25 de junho de 2018
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