Cuidados podem evitar lesão no ombro após a administração de vacinas
É comum sentir dor muscular fraca após uma injeção de vacina
Um estudo realizado por pesquisadores da Universidade de Waterloo, no Canadá, reitera a necessidade de profissionais de saúde, incluindo farmacêuticos, tomarem certas precauções para minimizar o risco de seus pacientes sofrerem uma lesão no ombro relacionada à administração de vacina (SIRVA, do inglês shoulder injury related to vaccine administration).
SIRVA é um fenômeno incomum e pouco estudado que as pessoas podem experimentar após receberem uma vacinação administrada inadequadamente. Ocorre quando a injeção é administrada em posição muito alta no braço, na cápsula do ombro em vez do músculo deltoide. “Com a temporada de gripe em andamento [no hemisfério Norte] e as vacinas contra a gripe amplamente disponíveis, tanto o público quanto os profissionais de saúde devem entender como reconhecer e responder à SIRVA”, disse a Dra. Kelly Grindrod, professora da Escola de Farmácia da Universidade de Waterloo. “Existem estratégias que podemos adotar para diminuir a probabilidade de ocorrência de lesões no ombro. Quando for tomar uma vacina contra a gripe, use uma camisa sem mangas ou uma camisa onde as mangas possam ser facilmente enroladas. Não puxe o pescoço da camisa para baixo, pois isso pode levar a injeção de uma vacina no ombro em vez do braço. Colocar a mão no quadril com o cotovelo para fora e para longe do corpo também ajudará a relaxar o músculo deltoide onde a injeção está sendo aplicada. ”
É comum sentir uma dor muscular fraca após uma injeção de vacina, mas essa dor desaparece em poucos dias. Em contraste, a SIRVA poderá levar a dor que começa dentro de 48 horas após a administração da vacina e não melhora com medicamentos analgésicos vendidos sem prescrição médica.
“Em pacientes que passam pela SIRVA, podem se passar meses e os pacientes ainda se queixarão de aumento da dor, fraqueza e mobilidade prejudicada no braço injetado. Ações simples como levantar o braço para escovar os dentes podem causar dor ”, explica a Dra. Kelly Grindrod. “É importante que aprendamos a reconhecer esses sinais da SIRVA para que possamos ter acesso ao tratamento adequado”.
Pessoas com esses sintomas devem conversar com seu médico. Uma ultrassonografia é necessária para diagnosticar a SIRVA e determinar o nível e o tipo de dano. O tratamento inclui uma injeção de corticosteroide no ombro ou fisioterapia.
Embora a SIRVA seja bastante incomum, muitas vezes não é facilmente diagnosticada. A conscientização sobre a SIRVA é necessária para os prestadores de serviços de saúde e também para os pacientes. A Dra. Grindrod e co-autores realizaram uma revisão da literatura para desenvolver recursos que ensinam os prestadores de cuidados de saúde sobre a SIRVA e como evitá-la usando técnicas adequadas de vacinação.O artigo científico referente a este estudo foi publicado na revista científica Canadian Pharmacists Journal.
Fonte: Tech4Health
Acesse o resumo do artigo científico (em inglês).
Acesse a notícia na página da Universidade de Waterloo (em inglês).
- Published in Sem categoria
Pacientes com câncer de rim tem novo tratamento
Aprovação de novo medicamento para tratar câncer de rim em estágio avançado ou com metástase foi publicada pela Anvisa no Diário Oficial da União (DOU)
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou o registro de mais um novo medicamento para o tratamento de carcinoma de células renais (CCR) avançado, ou seja, câncer no rim. O produto é o Cabometyx® (levomalato de cabozantinibe), que será comercializado na forma farmacêutica de comprimido revestido, nas concentrações de 20 mg, 40 mg e 60 mg.
O uso do novo medicamento é indicado para adultos não tratados previamente (1ª linha) e para pacientes que já passaram por outro tratamento (2ª linha). A detentora do registro do medicamento é a empresa Beaufour Ipsen Farmacêutica Ltda.
O câncer de rim representa a terceira neoplasia mais frequente do sistema geniturinário (formado pelo rim, ureter e bexiga) e tem apresentado um aumento de incidência anual nos últimos 20 anos. É responsável por 3% dos tumores malignos em adultos e é o mais letal dos cânceres urológicos, com taxa de mortalidade de 40%.
Estudos Clínicos Internacionais
A aprovação do Cabometyx para casos não tratados previamente (1ª linha) foi feita com base no estudo CABOSUN de fase 2. De acordo com os resultados, o componente cabozantinibe demonstrou um benefício clínico significativo na sobrevida livre de progressão (SLP) da doença, com um aumento de sobrevida de 5,6 meses para 8,2 meses.
Também foi verificado um resultado positivo na taxa de resposta objetiva (TRO), que passou de 18% para 46% em relação ao tratamento padrão com sunitinibe, em pacientes com CCR avançado, de risco intermediário ou baixo, não tratados previamente. Essa taxa é calculada com base na proporção de pacientes com redução do tamanho do tumor em uma dimensão predefinida e por um período de tempo mínimo.
Já a aprovação em 2ª linha foi realizada com base no estudo METEOR de fase 3, no qual foi verificado que o cabozantinibe melhorou significativamente a sobrevida livre de progressão (de 3,9 meses para 7,4 meses) e a sobrevida global (SG) dos pacientes (de 16,5 meses para 21,4 meses). Além disso, o estudo mostrou aumento da taxa de resposta objetiva (de 3% para 17%) em comparação com o fármaco chamado everolimo, usado em pacientes com carcinoma de células renais avançado.
Os resultados do estudo CABOSUN foram publicados na revista científica Journal of Clinical Oncology, em fevereiro de 2017. Já os dados do METEOR foram publicados na revista científica British Journal of Cancer, em março de 2018.
Acesse a notícia completa na página da Anvisa.
Fonte: Tech4Health
- Published in Sem categoria
Nova tecnologia permite diagnóstico de doenças infecciosas durante a gravidez com apenas uma gota de sangue
Imagine uma tecnologia capaz de realizar os vários testes diagnósticos de doenças infecciosas recomendados na gravidez a partir de uma gota de sangue obtida através de uma simples picada no dedo.
Pois essa tecnologia já existe. Em desenvolvimento pela pesquisadora Dra. Ana Luísa Neves, da Universidade do Porto, em Portugal, o Momoby, como é chamado o dispositivo, acaba de vencer o prêmio de inovação IDEA INCUBATOR, uma competição internacional com foco em invenções originais, produtos e dispositivos desenvolvidos por empreendedores de várias partes do mundo.
A competição inseriu-se na IDWeek, que se realizou na cidade de São Francisco, nos Estados Unidos, entre os dias 3 e 7 de outubro. A IDWeek 2018 – “Advancing Science, Improving Care”, considerada como uma das maiores conferências mundiais sobre doenças infeciosas, reúne anualmente os maiores especialistas e sociedades científicas desta área, como a Infectious Diseases Society of America, a Society for Healthcare Epidemiology of America, a HIV Medicine Association e a Pediatric Infectious Diseases Society.
De acordo com a pesquisadora do Centro de Investigação em Tecnologias e Serviços de Saúde (CINTESIS), “o protótipo consiste numa picada de dedo que permite a realização dos testes infecciosos fundamentais recomendados durante a gestação, em tempo real”. Desta forma, o Momoby “vem solucionar um problema encontrado, por exemplo, em pequenas vilas no interior de Moçambique, em que as mulheres tinham de se deslocar durante longas horas até um hospital, onde pudessem realizar esses testes”.
Embora em Portugal e na maioria dos países desenvolvidos todas as mulheres grávidas realizem este tipo de testes periodicamente e de forma gratuita, as mulheres grávidas de países em desenvolvimento podem não ter a mesma possibilidade. A Organização Mundial da Saúde (OMS) recomenda que todas as grávidas devem fazer testes de HIV, sífilis e hepatite B. No entanto, a realidade está longe de corresponder às recomendações. Anualmente, calcula-se que quase 300 mil mulheres morram devido a problemas relacionados a doenças infecciosas durante a gravidez.
Como médica voluntária em África, principalmente no Senegal, Guiné-Bissau e Moçambique, Ana Luísa Neves testemunhou as dificuldades das comunidades isoladas onde as mulheres não têm acesso a testes diagnósticos para estas doenças. O objetivo do Momoby é por isso chegar a todas as mulheres grávidas, uma vez que é simples, rápido e pode ser facilmente transportado para qualquer lugar, permitindo fazer o diagnóstico imediatamente e enviar os casos problemáticos para tratamento. Este simples gesto será capaz de reduzir a transmissão de doenças infecciosas das mães para os bebés em mais de 95%.
A Dra. Ana Luísa Neves é pesquisadora do CINTESIS, bem como pesquisadora associada no Centre for Health Policy do Imperial College de Londres e docente voluntária no Departamento de Medicina da Comunidade, Informação e Decisão em Saúde – MEDCIDS/FMUP da Faculdade de Medicina da Universidade do Porto (FMUP). Ao longo dos últimos anos tem reunido diversos prêmios e distinções. Em 2018 o Momoby, do qual é CEO, já tinha ganhado um outro prêmio, no Venture Catalyst Challenge (VCC).
Fonte: Tech4Health e Universidade do Porto
- Published in Sem categoria
Exercício físico moderado ao longo da gravidez reduz o risco de depressão perinatal
Estudo recente de pesquisadores espanhóis mostra que o exercício físico moderado e supervisionado desenvolvido ao longo da gravidez influencia positivamente a redução do risco de depressão materna perinatal
A gravidez e especialmente o do parto representam para as gestantes momentos de grande labilidade emocional que podem alterar seu desenvolvimento normal. Os riscos, alterações e consequências são muitos e podem afetar não apenas o bem-estar materno, mas também o recém-nascido. Entre as complicações mais comuns está a depressão materna, que é provavelmente a mais comum e que atualmente apresenta um crescimento preocupante. Nesse sentido, publicações recentes relatam uma prevalência entre 5% e 20% de depressão perinatal.
Um estudo recente conduzido por pesquisadores da Universidade Politécnica de Madrid (UPM), em colaboração com o Hospital Universitário de Torrejón de Madrid, ambos na Espanha, mostra que o exercício físico supervisionado e moderado desenvolvido durante toda a gravidez influencia positivamente a redução do risco de depressão perinatal materna.Os resultados desta pesquisa mostram que as mulheres que participam de um programa de grupo de exercícios físicos durante a gravidez reduzem o risco de sofrer depressão perinatal em mais de 40%.
O estudo consistiu em um ensaio clínico randomizado realizado com 124 mulheres grávidas saudáveis. Os resultados, publicados na revista científica British Journal of Sports Medicine, são parte de tese de doutorado recentemente defendida na Faculdade de Atividade Física e Ciências do Esporte da UPM. Na opinião da autora, a Dra. Marina Vargas Terrones, “está cientificamente provado que os benefícios do exercício físico em grupo e moderado durante a gravidez transcendem o campo fisiológico e também devem ser usados como elemento para prevenir distúrbios emocionais durante a gravidez”.
“É necessário continuar pesquisando neste campo e as expectativas que geram os possíveis benefícios do exercício físico moderado durante a gestação para o bem-estar materno, fetal e do recém-nascido são incalculáveis e ao mesmo tempo significativamente esperançosas”, explica o Dr. Ruben Barakat, um dos pesquisadores do estudo
Fonte: Tech 4 Health
- Published in Sem categoria
Outubro Rosa: Senac de Campinas realiza atividades gratuitas sobre prevenção do câncer de mama
O Senac de Campinas (SP) está promovendo diversas ações gratuitas, voltadas à prevenção do câncer de mama, em homenagem ao Outubro Rosa.
A programação vai até dia 17 e traz palestras, rodas de conversa e atendimentos de saúde e bem-estar. Para participar, é necessário se inscrever no site da instituição.
Entre os destaques, estão as palestras “Vivificar e superar o imponderável”, em que a escritora Viviane Ferreira vai falar sobre sentimentos e autoconhecimento, e “Desconstruindo os mitos sobre câncer de mama”, ministrada pela ginecologista Sandra Teixeira.
Além disso, a programação traz atendimentos de estética facial, massoterapia corporal e podologia.
Confira a programação completa:
Dia 2
Palestra: “Vivificar e superar o imponderável” – das 19h às 22h30
Atendimentos de estética facial e massoterapia corporal – das 19h30 às 21h30
Dia 3
Atendimento de estética fácial e podologia – das 13h30 às 17h
Palestra: “Desconstruindo os mitos sobre câncer de mama” – das 19h às 22h30
Dia 4
Atendimento de massoterapia – das 9h às 11h30
Dia 5
Roda de conversa: “Lugar de mulher é onde ela quiser” – das 9h30 às 10h30
Palestra: “Qualidade de vida na prevenção contra câncer de mama” – das 19h às 22h
Dia 17
Palestra: “Qualidade dos alimentos – alimentação funcional e os reflexos da saúde” – das 15h às 17h
Serviço
Programação em homenagem ao Outubro Rosa no Senac Campinas
Quando: de 2 a 17 de outubro
Onde: Senac de Campinas – Rua Sacramento, 490, Centro
Quanto: gratuito
Inscrições devem ser realizadas no site do Senac
Fonte: G1
- Published in Sem categoria
Nanopartículas podem melhorar desempenho de células imunológicas
Drogas transportadas em conjunto com células ajudam células T a destruir tumores
A programação do sistema imunológico do corpo para atacar as células cancerígenas teve resultados promissores no tratamento de cânceres no sangue, como linfoma e leucemia. Essa tática se mostrou mais desafiadora para tumores sólidos, como câncer de mama ou pulmão, mas os pesquisadores do Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT), nos Estados Unidos, criaram uma nova maneira de estimular a resposta imune contra tumores sólidos.
Desenvolvendo “mochilas” de nanopartículas que seguram drogas imunoestimulantes, e ligando-as diretamente às células T, os engenheiros do MIT mostraram em um estudo com camundongos que eles poderiam aumentar a atividade dessas células T sem efeitos colaterais prejudiciais. Em mais da metade dos animais tratados, os tumores desapareceram completamente.
“Descobrimos que você poderia melhorar muito a eficácia da terapia de células T com drogas que ajudam as células T do doador a sobreviver e a funcionar de forma mais eficaz. Ainda mais importante, conseguimos isso sem a toxicidade que você vê com a injeção sistêmica das drogas ”, diz o Dr. Darrell Irvine, professor de engenharia biológica e de ciência e engenharia de materiais, diretor associado do Instituto Koch de Pesquisa Integrativa sobre o Câncer do MIT. e o autor principal do estudo.
O Dr. Irvine é um dos co-fundadores da empresa Torque Biotherapeutics, que planeja iniciar ensaios clínicos dessa abordagem. Os principais autores do artigo, que aparece na edição de 9 de julho da revista científica Nature Biotechnology, são o ex-pós-doutorado do MIT Li Tang, que agora está no Instituto Federal de Tecnologia da Suíça (EPFL), e o ex-aluno do MIT Yiran Zheng.
Para este estudo, os pesquisadores criaram um novo tipo de nanopartícula que pode transportar uma quantidade de droga 100 vezes maior e não a libera até que as células T encontrem o tumor. Estas partículas consistem de um gel feito de moléculas da citocina IL-15 agregadas por um agente de reticulação que é projetado para se degradar apenas quando a célula T que transporta as partículas atinge o tumor e se torna ativada. Essa ativação é sinalizada por uma alteração química na superfície das células T.
“Isso nos permitiu ligar a ativação das células T à taxa de liberação de drogas”, explica o Dr. Irvine. “Os nanogéis são preferencialmente dissolvidos quando as células T estão em locais onde eles veem o antígeno do tumor: no tumor e nos linfonodos que drenam o tumor. A droga é liberada com mais eficiência nos locais onde você quer e não em algum tecido saudável, onde pode causar problemas”, conclui o pesquisador.
Fonte: t4h.com.br
- Published in Sem categoria