Parceria entre Prefeitura e Fundo Socioambiental CAIXA
Fruto da parceria entre a Prefeitura de São Paulo, por meio das secretarias de Inovação e Tecnologia e da Saúde, e a Caixa Econômica Federal, por meio do Fundo Socioambiental, o Residência Maker fomenta projetos que abordem de forma criativa e eficaz problemas complexos de saúde pública nas grandes metrópoles.
O programa irá apoiar organizações no desenvolvimento de iniciativas relacionadas à obesidade infantil e na adolescência, além de diabetes do tipo II, entre outras doenças, prevendo o investimento de até R$ 4 milhões na incubação de projetos em estágio inicial de desenvolvimento: aqueles que estejam passando pelas etapas de prova de conceito, elaboração de protótipos de baixa fidelidade, de validação e escala de nova tecnologia.
O edital do Residência Maker é direcionado às organizações sem fins lucrativos, pessoa jurídica de direito privado, com comprovada regularidade de suas obrigações legais e fiscais, experiência no desenvolvimento e suporte de projetos inovadores e na atuação no ecossistema de inovação. As inscrições acontecem entre 7 de janeiro e 1º de fevereiro de 2019 e devem ser enviadas via correio para Secretaria Municipal de Inovação e Tecnologia (SMIT), localizada na Rua Libero Badaró, 425, 4º andar – Centro. Alternativamente, as inscrições podem ser feitas mediante entrega protocolada no endereço Rua Libero Badaró, 425, 27º andar – A/C de Setor de Protocolos. Mais informações podem ser encontradas no Portal ResidenciaMaker.
Seleção
Será selecionada a organização que apresentar capacidade técnica e metodológica – em conformidade com os requisitos do edital – para incubar cerca de 40 projetos inovadores realizados por pessoas físicas. A entidade poderá contar com parceiras para realizar a proposta.
A organização vencedora receberá o investimento para executar a metodologia, sendo responsável por formular desafios referentes ao tema de problemas complexos de saúde, atrair, selecionar, incubar e acompanhar o desenvolvimento de projetos inovadores.
Os projetos inovadores selecionados pela organização, em conjunto com a Prefeitura de São Paulo e a Caixa Econômica Federal, passarão por um programa de residência com duração prevista de quatro meses e recursos para validação e desenvolvimento das iniciativas.
A Secretaria Municipal da Saúde (SMS) de São Paulo disponibilizará apoio técnico e acesso às informações da base de dados sobre os dois temas, além da mentoria de especialistas aos empreendedores.
Participação
O edital de seleção para o programa pode ser encontrado em residenciamaker.prefeitura.sp.gov.br. Os resultados da seleção serão anunciados em abril de 2019, com início da parceria previsto para maio deste ano.
Acesse a página do Desafio Residência Maker.
Fonte: Tech4Health
- Published in Sem categoria
Luta contra o câncer: identificadas novas moléculas que ativam o sistema imunológico
Interagindo com estruturas não-canônicas do DNA, alguns compostos químicos causam a morte de células cancerígenas e estimulam os mecanismos de defesa do corpo
Um grupo de pesquisa da Universidade de Bolonha, na Itália, identificou pela primeira vez alguns compostos químicos capazes de provocar um tipo particular de instabilidade genômica dentro do DNA de células tumorais: um efeito que pode levar à morte das próprias células, estimulando ao mesmo tempo a resposta do sistema imunológico contra a doença.
No centro do estudo está o papel fundamental das estruturas não-canônicas de DNA conhecidas como “quartetos de guanina” (G4): um tipo de dano genético que é capaz de ativar os mecanismos de defesa do corpo. Os resultados do estudo foram publicados na revista científica Proceedings of the National Academy of Sciences of the United States of America (PNAS).
Células Instáveis
A molécula de DNA armazenada dentro de cada célula humana é composta de cerca de 6,5 bilhões de nucleotídeos, que podem ser de quatro tipos, dependendo das quatro diferentes bases nitrogenadas presentes: adenina (A), timina (T ), guanina (G) e citosina (C). Esta arquitetura extremamente complexa, no entanto, é também particularmente exposta a agentes externos e internos (radiação, toxinas, agentes químicos, mas também a produtos secundários normais do metabolismo celular), que acabam por danificar os nucleotideos: qualquer dano provoca uma alternância no genoma que pode conduzir a mutações ou rearranjos dos cromossomos, ameaçando assim o bom funcionamento da célula.
Células cancerosas comumente exploram essas alterações para se adaptar a diferentes condições e evitar os efeitos das terapias. Mas enquanto a instabilidade genômica favorece a doença, em algumas ocasiões ela também pode se tornar uma aliada. “Em alguns casos, danos no DNA podem se tornar um alerta que desperta mecanismos de defesa do corpo”, explica o Dr. Giovanni Capranico, professor da Universidade de Bolonha que coordenou o estudo. “Nossa pesquisa mostra que alguns compostos que interagem com estruturas não-canônicas de DNA conhecidas como Quartetos de Guanina (G4) podem levar a uma instabilidade genômica particular capaz de ativar a resposta imune”.
Quartetos de Guanina
“O estudo foi iniciado a partir da análise do mecanismo molecular de alguns compostos que interagem com quartetos guanina, uma das quais foi sintetizado na Universidade de Bolonha, nos laboratórios do Departamento de Farmácia e Biotecnologia pela Dra. Rita Morigi” explica o professor Giovanni Capranico. A ação destes compostos é particularmente importante porque atua ao mesmo tempo em duas frentes: por um lado, provoca a morte das células cancerosas e a outra ativa os mecanismos de defesa do organismo, estimulando a resposta imunológica contra a doença. “Estas moléculas – confirma o especialista – são capazes de estabilizar o G4 e também outras estruturas de DNA não canônicas dentro das células tumorais: um fenômeno que causa disfunções graves na atividade do genoma”. Este resultado abre caminho para novas formas de tratamento do câncer. “O resultado é positivo, mas a pesquisa deve continuar porque ainda não temos a molécula certa, adequada para o tratamento de pacientes com câncer”, conclui o professor Giovanni.
Acesse o resumo do artigo científico (em inglês).
Acesse a notícia completa na Revista da Universidade de Bolonha (em italiano).
Fonte: Tech4Health
- Published in Sem categoria
Neurotecnologia pode auxiliar pessoas com deficiências motoras
Pesquisadores do Instituto Tecnológico de Monterrey desenvolvem interface cérebro-computador que pode identificar sinais neurais
Proporcionar novas formas de controle da mobilidade das pessoas é o objetivo de um projeto que está sendo desenvolvido no Instituto Tecnológico e de Estudos Superiores de Monterrey (Tecnológico de Monterrey), no México, entitulado “Desenvolvimento de novas tecnologias de neuroreabilitação”. A pesquisa envolve também o Centro de Pesquisas em Computação do Instituto Politécnico Nacional (IPN) e o Instituto Nacional de Reabilitação (INR), ambos do México.
A proposta visa codificar a atividade eletrofisiológica do ser humano, através de um eletroencefalograma, para garantir que as pessoas com deficiência motora realizem o movimento apenas pensando nele. “(Os resultados) são principalmente – mas não de modo exclusivo – para quem, por doença ou acidente, não consegue fazer movimentos voluntários”, disse o Dr. Mauricio Antelis, professor da Escola de Engenharia e Ciências (EIC) do Tecnológico de Monterrey e líder do projeto.
“A atividade cerebral é aquistada … e é decodificada naquilo que a pessoa quer fazer. E então você pode controlar um aplicativo; no caso, uma órtese robótica “, acrescentou o pesquisador. Os algoritmos que decodificam o sinal cerebral foram desenvolvidos no Centro de Pesquisas em Computação do IPN. “Eles são algoritmos baseados em aprendizagem profunda e redes neurais morfológicas”, explicou o Dr. Maurício Antelis. Uma vez integrada e em funcionamento, sua aplicação em pacientes reais poderá ser feita no INR.
Os resultados obtidos foram abrangentes e, em vez de se desenvolver uma interface para um tipo específico de paciente, foram criadas duas interfaces para lesões diferentes.
No INR, o sistema neurotecnológico será aplicado aos pacientes com lesão da medula espinhal, pessoas tetraplégicas que através de um sistema de estimulação elétrica aplicado aos seus músculos poderão movimentar a mão esquerda ou direita. “A interface cérebro-computador com base no eletroencefalograma detecta se a pessoa quer mover um dedo ou a mão inteira”, explicou o líder do desenvolvimento.
Acesse a notícia completa na página do Tecnológico de Monterrey (em espanhol).
Fonte: Tech4Health
- Published in Sem categoria
Novo aplicativo pode auxiliar no diagnóstico do diabetes gestacional
O d-GDM foi desenvolvido para a utilização por profissionais de saúde devidamente habilitados
Diabetes mellitus gestacional (GDM, da sigla em inglês) é, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), uma intolerância a carboidratos de gravidade variável que se inicia durante a gestação e não preenche os critérios diagnósticos de diabetes mellitus preexistente. Este é um quadro que apresenta dificuldades na interpretação e na realização do diagnóstico, o que motivou Waldemar Volanski, doutorando em Ciências Farmacêuticas da Universidade Federal do Paraná (UFPR), a desenvolver um aplicativo para minimizar estes problemas.
O d-GDM é uma ferramenta destinada ao auxílio do diagnóstico do diabetes gestacional e foi desenvolvido para a utilização por profissionais de saúde devidamente habilitados. A gestante, por sua vez, terá a certeza de que o diagnóstico está sendo feito em conformidade com as diretrizes das entidades que normatizam o diagnóstico de diabetes gestacional.
A importância do correto diagnóstico do quadro consiste no fundamental tratamento a ser realizado, já que a falta dele permite uma grande quantidade de glicose circulante no sangue, resultando em inúmeros malefícios como a possibilidade de parto prematuro, infecção, necessidade de cesariana, a possibilidade de aborto e maior tempo de internação pós-parto. Tanto a mãe quanto o bebê, após o nascimento, podem sofrer com doenças metabólicas e diabetes.
“A glicose em excesso na circulação da mãe é transmitida via placenta para o bebê, que passa a produzir mais insulina. A insulina é um hormônio anabolizante, o que faz com que o feto cresça de forma exagerada, podendo chegar a sete quilos. Ao nascer, a criança começa a sofrer de hipoglicemia, pois continua produzindo grande quantidade de insulina e não tem mais o aporte extra da glicose suprido pela mãe via placenta”, explica o doutorando.
O tratamento compreende o controle da doença a partir da mudança de hábitos alimentares orientada por nutricionista, prática regular de exercícios físicos de baixa intensidade e testes de monitoramento dos níveis de glicemia quatro vezes ao dia. Segundo Volanski, apenas uma pequena parte das gestantes não responde bem ao tratamento. “Nesse caso, a paciente deve fazer uso de hipoglicemiantes, como a insulina”.
O Aplicativo
O aplicativo, chamado d-GDM, possui uma interface simples, sem campos para digitação para evitar a possibilidade da inserção errada de dados. Os usuários devem alimentar a ferramenta com dados obtidos por meio de exames laboratoriais. Para o desenvolvimento do aplicativo, quatro pessoas trabalharam durante três anos e 15 pessoas se envolveram em sua validação.
Segundo o idealizador, se o aplicativo for adotado por profissionais de saúde, o diagnóstico de diabetes gestacional terá mais facilidade em ser padronizado. “Eu fiz mestrado em Bioinformática e doutorado em Ciências Farmacêuticas com financiamento de agências de fomento à pesquisa. Todo recurso aplicado na pesquisa é oriundo de impostos recolhidos pela população, então penso que esse trabalho é uma retribuição a tudo que recebi”, comenta.
O d-GDM é gratuito e está disponível para Android na Google Play Store. Apesar de não estar disponível para IOS, o aplicativo também é viabilizado em versão web que pode ser utilizada por outros sistemas operacionais.
Acesse o aplicativo na Google Play Store.
Acesse a notícia na página da UFPR.
Fonte: Tech4Health
- Published in Sem categoria