Menopausa: treinamento de resistência pode aliviar ondas de calor
Treinamentos de resistência duas a três vezes por semana podem ser efetivos, de acordo com estudo da Universidade de Linköping
Treinamento de resistência duas a três vezes por semana pode reduzir os afrontamentos, ou ondas de calor, e suores noturnos em mulheres na pós-menopausa, de acordo com estudo da Universidade Linköping, na Suécia. Este é o primeiro estudo a investigar a relação entre o treinamento de resistência e o desconforto da menopausa. Algumas pesquisas anteriores mostraram certas relações entre o exercício geral e uma redução nos afrontamentos. No entanto, outros estudos não conseguiram mostrar uma relação clara.
“É provável que, para combater o desconforto da menopausa, o exercício deva incluir esforço considerável com pulsação visivelmente aumentada, respiração mais rápida e sudorese. Nossa teoria é que o treinamento extenuante pode afetar as endorfinas no sistema nervoso central, que é também onde o sistema de controle de temperatura do corpo está localizado ”, explica Emilia Berin, doutoranda em obstetrícia e ginecologia do Departamento de Medicina Clínica e Experimental da Universidade Linköping. Ela é a principal autora do artigo publicado na revista científica Maturitas.
O treinamento de resistência é de fácil padronização: as mesmas ações são repetidas e os resultados podem ser facilmente medidos e comparados. “É por isso que queríamos continuar, estudar se o treinamento de resistência tem algum efeito [na menopausa]”.
58 mulheres na pós-menopausa, com idade média de 55 anos, participaram do estudo. Metade delas continuou sua rotina, com atividade física irregular e sem intensidade. A outra metade começou o treinamento de resistência três vezes por semana, 45 minutos por sessão, durante 15 semanas. O treinamento de resistência estava em um nível que envolvia esforço considerável.
Os resultados mostraram que aquelas que iniciaram o treinamento de resistência reduziram as ondas de calor em 44%, em média, enquanto as outras tiveram a mesma quantidade de desconforto de antes do estudo.
“Portanto, uma conclusão é que treinos de resistência extenuantes de duas a três vezes por semana podem eliminar quase a metade de todos os afrontamentos e suores noturnos. Isso deve ser visto como um bom resultado. Os comprimidos de hormônio, como o estrogênio, eliminam cerca de 90% do desconforto, mas nem todos podem usar o tratamento hormonal, por exemplo, mulheres com câncer de mama ou homens com câncer de próstata – que também podem sofrer ondas de calor durante o uso de medicamentos ”, explica Emilia Berin.
Emilia agora está investigando como a qualidade de vida das 58 mulheres no estudo está sendo afetada. “Essa análise não está completa, mas os resultados preliminares mostram que o treinamento de resistência parece afetar a qualidade de vida em geral, tanto na saúde física quanto mental”, conclui a pesquisadora.
Acesse o artigo científico completo (em inglês).
Acesse a notícia completa na página da Universidade Linköping (em inglês).
Fonte: Tech4Heath
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Música desenvolve a linguagem falada de crianças com deficiência auditiva
Empregar música na educação infantil e na educação básica beneficia a todos e salvaguarda o direito à aprendizagem de alta qualidade para crianças com distúrbios de linguagem
Pesquisadoras finlandesas compilaram diretrizes (para uso internacional) de utilização da música como apoio no desenvolvimento da linguagem falada. As diretrizes são adequadas para os pais de crianças com deficiências auditivas, provedores de educação infantil, professores, fonoaudiólogos e outros reabilitadores de crianças com deficiência auditiva, bem como para os próprios deficientes auditivos.
Ao desenvolver um curso de música projetado para crianças usando um implante coclear, a professora de Logopedia e Fonoaudióloga da Universidade de Helsinque, na Finlândia, Dra. Ritva Torppa notou que a música, especialmente o canto, beneficia o cérebro de crianças com deficiência auditiva e sua linguagem falada. O objetivo da música é melhorar a percepção da fala e da linguagem falada.
Em um artigo publicado na revista científica Hearing Research, a professora RitvaTorppa e a pesquisadora da Unidade de Pesquisa Cognitiva Cerebral Dra. Minna Huotilainen reuniram suas próprias descobertas e as de outros pesquisadores que demonstram que as atividades musicais desenvolvem a percepção da prosódia das crianças, como variação de ritmo e tom e linguagem falada.
“Essas habilidades facilitam a vida das crianças”, explica a Dra. Ritva Torppa. “Escutar a fala, por exemplo, em ambientes com sons, torna-se menos estressante, ao mesmo tempo em que se comunicar com os outros e absorver informações na escola e na vida cotidiana também se torna mais fácil”.
Utilizar música na educação pode beneficiar todos
A Dra. Minna Huotilainen enfatiza o princípio da igualdade. Empregar música na educação infantil e na educação básica beneficia a todos e salvaguarda o direito à aprendizagem de alta qualidade para crianças com distúrbios de linguagem, aqueles que aprendem finlandês como segunda língua e crianças com deficiências de desenvolvimento.
“O uso de métodos musicais no ensino intensifica o aprendizado e está alinhado com os resultados da mais recente pesquisa sobre o cérebro”, observa a especialista.
Segundo ela, a música também dá a cada criança e jovem uma voz própria, um canal de auto-expressão e a chance de ser ouvido. A Dra. Minna Huotilainen espera que as habilidades musicais sejam mais bem reconhecidas na formação de educadores da primeira infância e professores de educação básica.
As diretrizes básicas para o uso da música estão incluídas no artigo científico e estão disponíveis em finlandês na página da rede Cicero Learning. Segundo as pesquisadoras, as diretrizes são adequadas para todos, independentemente do tipo de deficiência auditiva.
Acesse a página da rede Cicero Learning (em inglês).
Acesse o artigo científico completo (em inglês).
Acesse a notícia completa na página da Universidade de Helsinque (em inglês).
Fonte: Tech4Health
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