Nova ferramenta para prever convulsões epilépticas na gravidez pode salvar vidas
Modelo pode prever risco de convulsões em mulheres com epilepsia durante a gravidez e até seis semanas após o parto
A ferramenta EMPIRE está disponível gratuitamente online para ajudar os médicos a identificar mulheres com alto risco de convulsões e informar seus cuidados por meio de um monitoramento rigoroso e do gerenciamento de medicamentos antiepilépticos.
Mulheres com epilepsia têm dez vezes mais chances de morrer durante a gravidez do que aquelas que não têm epilepsia, com as convulsões como a principal causa de morte. Tem sido consistentemente destacado que o principal fator por trás dessas mortes é a falta de reconhecimento do status de alto risco das mulheres pelos profissionais de saúde.
As mulheres grávidas com epilepsia são aconselhadas a não alterar o tratamento sem aconselhamento especializado. No entanto, até quatro em cada dez mulheres descontinuam a medicação antiepiléptica durante a gravidez devido a preocupações com os efeitos dos medicamentos sobre o feto, aumentando assim os riscos de convulsões.
O novo modelo de previsão, que foi publicado na revista científica PLOS Medicine, é capaz de gerar estimativas precisas do risco de convulsão em qualquer momento da gravidez em mulheres com epilepsia que tomam medicamentos antiepilépticos.
O modelo usa informações que podem ser coletadas rotineiramente durante uma consulta pré-natal, como idade da primeira convulsão, convulsões nos três meses anteriores à gravidez e a dose atual de drogas antiepilépticas. Em seguida, ele processa os dados para prever a probabilidade de uma convulsão, não apenas durante a gravidez, mas até seis semanas após o parto, um período com maiores riscos para a mãe e o bebê.
Primeira ferramenta para prever convulsões na gravidez
A pesquisadora-chefe, Dra. Shakila Thangaratinam, da Universidade Queen Mary de Londres, no Reino Unido,, disse: “A ferramenta EMPIRE é a primeira a prever o risco de convulsão em mulheres grávidas com epilepsia que usam drogas antiepilépticas. Nosso modelo forneceu previsões precisas, independentemente do tipo de atendimento recebido pela mulher, e agora estamos disponibilizando-a gratuitamente online por meio de uma calculadora baseada na Web para que qualquer médico em qualquer parte do mundo possa usá-la com seus pacientes. Ao identificar as mulheres que estão em maior risco de convulsões, podemos monitorá-las mais de perto durante a gravidez, ou considerar o aumento da dose de drogas antiepilépticas para reduzir esse risco”, concluiu a Dra. Shakila.
Acesse a ferramenta EMPIRE online (em inglês).
Acesse o artigo científico completo (em inglês).
Acesse a notícia completa na página da Universidade Queen Mary de Londres (em inglês).
Fonte: Tech4Heatlh
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Genes podem ser determinantes para o peso ao nascer
Peso ao nascer é um determinante importante da saúde infantil
Um estudo genético de larga escala revelou novas descobertas sobre como os genes influenciam o peso ao nascer e podem eventualmente ajudar a garantir que os bebês nasçam com um peso saudável. Cientistas da Universidade de Queensland (UQ), na Austrália, ajudaram a identificar 190 ligações entre o código genético e o peso ao nascer – dois terços delas pela primeira vez – em uma colaboração internacional liderada pela UQ e pelas universidades de Exeter, Oxford e Cambridge, no Reino Unido.
A pesquisadora da Faculdade de Medicina da Universidade de Queensland, Dra. Nicole Warrington, disse que o peso ao nascer é um determinante importante da saúde infantil. “Um baixo peso ao nascer não só pode colocar o bebê em risco de mortalidade, mas também está associado ao aumento do risco de desenvolver doenças como diabetes tipo 2 e hipertensão quando o bebê cresce”, explicou a Dra. Warrington.
A pesquisa indicou que os genes do bebê contribuíram substancialmente para o peso ao nascer. No entanto, cerca de um quarto dos efeitos genéticos identificados vieram dos genes da mãe. Esses genes influenciaram fatores no ambiente intrauterino do bebê durante a gravidez, como a quantidade de glicose disponível.
O especialista em genética estatística Dr. David Evans disse que esta foi a primeira vez que esses efeitos genéticos dos genes da mãe e do bebê foram separados. Segundo a Dra. Warrington, “é particularmente útil saber sobre as influências genéticas maternas, porque a identidade desses genes nos dá pistas sobre quais fatores, como a glicose, influenciam o crescimento fetal. Uma melhor compreensão das causas pode significar que podemos ajudar a garantir que os bebês nasçam com pesos saudáveis. Os métodos que desenvolvemos para desvincular as influências genéticas maternas e fetais sobre o peso ao nascer têm real potencial para nos dizer também sobre os efeitos do ambiente intra-uterino nos desfechos da idade avançada”, ressaltou a especialista.
“Por exemplo, bebês menores são mais propensos a ter pressão arterial mais alta na idade adulta. Nosso trabalho mostra que isso se deve a efeitos genéticos”, concluiu a pesquisadora.
Os resultados da pesquisa foram publicados na revista científica Nature Genetics.
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Acesse a notícia na página da Universidade de Queensland (em inglês).
Fonte: Tech4Health
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Inteligência artificial e o diagnóstico de câncer de próstata
Novo sistema de inteligência artificial pode ajudar radiologistas a melhorar sua capacidade de diagnosticar o câncer de próstata
Pesquisadores da Universidade da Califórnia em Los Angeles (UCLA), nos Estados Unidos, desenvolveram um novo sistema de inteligência artificial para ajudar radiologistas a melhorar sua capacidade de diagnosticar o câncer de próstata. O sistema, chamado FocalNet, ajuda a identificar e prever a agressividade da doença avaliando imagens de ressonância magnética e faz isso com quase o mesmo nível de precisão que os radiologistas experientes. Nos testes, o FocalNet foi 80,5% preciso no processamento de imagens de ressonância magnética, enquanto os radiologistas com pelo menos 10 anos de experiência foram 83,9 por cento precisos. Os principais autores do estudo são os professores de radiologia da UCLA, Dr. Kyung Sung, Dr. Steven Raman e o Dr. Dieter Enzmann.
Médicos radiologistas usam a ressonância magnética para detectar e avaliar a agressividade dos tumores malignos da próstata. No entanto, normalmente é preciso praticar em milhares de exames para aprender a determinar com precisão se um tumor é canceroso ou benigno e estimar com precisão o grau do câncer. Além disso, muitos hospitais não têm recursos para implementar o treinamento altamente especializado necessário para detectar o câncer a partir de ressonância magnética.
Método
FocalNet é uma rede neural artificial que usa um algoritmo que compreende mais de um milhão de variáveis treináveis e foi desenvolvido pelos pesquisadores da UCLA. A equipe treinou o sistema analisando exames de ressonância magnética de 417 homens com câncer de próstata; varreduras foram introduzidas no sistema para que ele pudesse aprender a avaliar e classificar os tumores de forma consistente e comparar os resultados com o espécime patológico real. Pesquisadores compararam os resultados do sistema de inteligência artificial com leituras de radiologistas da UCLA que tinham mais de 10 anos de experiência.
Impacto da pesquisa
A pesquisa sugere que um sistema de inteligência artificial poderia economizar tempo e, potencialmente, fornecer orientação diagnóstica para radiologistas menos experientes. Os resultados da pesquisa foram publicados na revista científica IEEE Transactions on Medical Imaging. O trabalho foi apresentado na Conferência IEEE International Symposium em Biomedical Imaging em abril de 2019.
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Fonte: Tech4Health
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Evidência de lesões cardíacas em pessoas “saudáveis” pode levar a tratamento mais eficaz
Pesquisadores examinaram amostras de sangue retiradas de 19.500 pessoas saudáveis na Escócia
Novas evidências de lesões cardíacas encontradas em pessoas aparentemente saudáveis podem ajudar a abrir caminho para melhorar o monitoramento de longo prazo da saúde cardíaca e abordagens personalizadas para o tratamento, dizem cientistas europeus. As descobertas foram publicadas na revista científica Circulation, com base em pesquisas realizadas nas Universidades de Glasgow, Edimburgo e Oxford,no Reino Unido, Universidade de Nova Gales do Sul, na Austrália e Universidade Johns Hopkins, nos Estados Unidos.
Os pesquisadores examinaram amostras de sangue retiradas de 19.500 pessoas saudáveis na Escócia. Eles descobriram que mais da metade dos pacientes mostrou evidências de ter sofrido alguma lesão no tecido cardíaco. O estudo foi realizado como parte do estudo Generation Scotland Scottish Family Health, que começou em 2006, e coletou amostras de voluntários adultos saudáveis em toda a Escócia.
Os pesquisadores testaram as amostras em busca de evidências de troponina na corrente sanguínea dos voluntários e correlacionaram suas descobertas com pesquisas de seguimento, conduzidas em média cerca de oito anos depois, para determinar como sua saúde cardíaca futura havia sido afetada.
As troponinas são proteínas que ajudam a regular as contrações dos músculos do coração. Quando partes do músculo cardíaco são lesadas, as proteínas são liberadas na corrente sanguínea. Testes de troponina são frequentemente usados em um ambiente clínico para diagnosticar se um paciente sofreu um ataque cardíaco, pois esta lesão libera grandes quantidades de troponina no sangue.
Ao examinar cada amostra, os pesquisadores aproveitaram os benefícios de novas tecnologias de teste, que agora são capazes de detectar níveis menores de troponina do que no passado.
Eles procuraram evidências de dois tipos ligeiramente diferentes de troponina nas amostras, conhecidas como troponina I e troponina T. Combinados com os resultados da pesquisa de seguimento, eles foram capazes de mostrar que as pessoas com níveis elevados de troponina I eram mais propensos a sofrer de doenças cardiovasculares, doenças coronarianas e ataques cardíacos no futuro, mesmo depois de considerar seus outros fatores de risco para essas condições. Ambos os tipos de troponina foram associados ao risco de morte e insuficiência cardíaca.
O Dr. Paul Welsh, do Centro de Pesquisa Cardiovascular da Universidade de Glasgow, no Reino Unido, é o principal autor do estudo. “Descobrimos que mais da metade das pessoas no grupo geralmente saudável tinham níveis detectáveis de troponina na corrente sanguínea, sugerindo que já tinham tido algum nível de lesão cardíaca. Embora seja uma preocupação óbvia que as pessoas possam ter sofrido algum dano cardíaco sem perceber, a boa notícia é que os testes de troponina são acessíveis e já são comuns em ambientes clínicos”, explica o pesquisador.
“Pessoas com mais de 40 anos já examinam com certa frequência a pressão arterial, os níveis de colesterol e outros parâmetros. Adicionar um teste de troponina pode ser um valioso sistema de alerta precoce para identificar os tipos específicos de problemas cardíacos que eles podem enfrentar no futuro e tomar medidas para resolvê-los desde o início.Estamos empenhados em expandir ainda mais nossa pesquisa para analisar amostras do Biobanco do Reino Unido, que também incluem imagens de ressonância magnética dos corações dos pacientes e podem fornecer evidências mais detalhadas das ligações entre os níveis de troponina e os danos ao coração”, conclui o especialista.
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Acesse a notícia completa na página da Universidade de Glasgow (em inglês).
Fonte: Tech4Health
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Cientistas imprimem o primeiro coração em 3D usando as próprias células do paciente
Coração projetado combina completamente com as propriedades celulares e anatômicas do paciente
Em um grande avanço na área da saúde, pesquisadores da Universidade de Tel Aviv “imprimiram” o primeiro coração vascularizado 3D do mundo usando células e materiais biológicos de um paciente. Até agora, cientistas da área de medicina regenerativa conseguiram imprimir apenas tecidos simples sem vasos sanguíneos.
“Esta é a primeira vez que alguém conseguiu projetar e imprimir um coração inteiro repleto de células, vasos sanguíneos, ventrículos e câmaras”, diz o professor Dr. Tal Dvir, da Escola de Biologia Molecular e Biotecnologia da Universidade de Tel Aviv, que liderou a pesquisa.
Doenças cardíacas são a principal causa de morte entre homens e mulheres nos Estados Unidos. O transplante cardíaco é atualmente o único tratamento disponível para pacientes com insuficiência cardíaca terminal. Dada a terrível escassez de doadores de coração, a necessidade de desenvolver novas abordagens para regenerar o coração doente é urgente.
“Este coração é feito de células humanas e materiais biológicos específicos do paciente. Em nosso processo, esses materiais servem como bioimpressores, substâncias feitas de açúcares e proteínas que podem ser usadas para impressão 3D de modelos complexos de tecidos”, disse o professor Tal Dvir. “Cientistas já conseguiram imprimir em 3D a estrutura de um coração, mas não com células ou vasos sanguíneos. Nossos resultados demonstram o potencial de nossa abordagem para a engenharia de reposição de tecidos e órgãos personalizada no futuro”. “Neste estágio, nosso coração 3D é pequeno, do tamanho do coração de um coelho”, explica o professor Dvir. “Mas corações humanos maiores requerem a mesma tecnologia.”
O segredo para um novo coração
Para a pesquisa, uma biópsia de tecido adiposo foi retirada dos pacientes. Os materiais celulares foram então separados. Enquanto as células foram reprogramadas para se tornar células-tronco pluripotentes, a matriz extracelular, uma rede tridimensional de macromoléculas extracelulares, como colágeno e glicoproteínas, foi processada em um hidrogel personalizado que serviu como “tinta” de impressão.
Após serem misturadas com o hidrogel, as células foram eficientemente diferenciadas para células cardíacas ou endoteliais para criar emplastros cardíacos imuno-compatíveis específicos do paciente com vasos sanguíneos e, subsequentemente, um coração inteiro. Segundo o Dr. Dvir, o uso de materiais específicos para pacientes “nativos” é crucial para o sucesso da engenharia de tecidos e órgãos.
“A biocompatibilidade dos materiais de engenharia é crucial para eliminar o risco de rejeição do implante, o que compromete o sucesso de tais tratamentos”, disse o especialista. “Idealmente, o biomaterial deve possuir as mesmas propriedades bioquímicas, mecânicas e topográficas dos próprios tecidos do paciente. Aqui, podemos relatar uma abordagem simples para tecidos cardíacos , vascularizados e perfuráveis impressos em 3D que combinam completamente com os tecidos imunológicos, celulares, bioquímicos e propriedades anatômicas do paciente “.
Acesse a notícia completa na página da Universidade de Tel Aviv (em inglês).
Fonte: Tech4Health
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Trauma ortopédico em idosos: sociedade de ortopedia alerta sobre cuidados e tratamento
Com a idade, o controle do equilíbrio se altera e pode levar à instabilidade na marcha
O trauma ortopédico é definido pelas lesões musculoesqueléticas resultantes de acidentes que variam desde traumas de baixa energia, como acidentes domésticos, quedas simples e entorses até traumas de alta energia, como acidentes de trânsito, queda de alturas ou mesmo resultantes de esporte de alto rendimento.
Dentre as fraturas por trauma de baixa energia, se destacam as fraturas no quadril, ombro e punho, muitas decorrentes da osteoporose, comum entre idosos.
Trauma em idosos
Com a idade, o controle do equilíbrio se altera e pode levar à instabilidade na marcha. O equilíbrio e a marcha dependem de uma complexa interação entre as funções nervosas, osteomusculares, cardiovasculares e sensoriais. Além disso, estão diretamente relacionados à capacidade das pessoas se adaptarem rapidamente às mudanças ambientais e posturais.
O aumento da parcela da população idosa, associado a uma vida mais ativa e à falta de informação sobre as situações que expõem ao risco maior de quedas (como vulnerabilidades em casa, calçados, iluminação ambiente e visão deficiente) coloca esse grupo de pessoas frente a um maior risco de acidentes. Estes acidentes podem acabar provocando, por exemplo, fraturas no fêmur, junto ao quadril, com uma elevada taxa de mortalidade. Além da fratura e risco de morte, os idosos passam a ter medo das quedas, com a consequente alteração psicológica que essa reação provoca. A fratura no idoso tem como consequência a frequente perda da independência, e o idoso pode não conseguir mais atingir o nível de atividade pré-fratura.
Riscos
Durante o processo de envelhecimento biológico, não apenas os ossos, mas todas as estruturas componentes do aparelho locomotor são atingidas, ocorrendo alterações na estrutura óssea, nos músculos, nas articulações e nos tendões nas várias regiões do organismo. Portanto, existem vários fatores de risco identificados como possíveis causadores de quedas em pacientes idosos: déficit visual e auditivo, alteração da marcha, limitações no equilíbrio, déficit cognitivo e uso de medicamentos, particularmente cardiovasculares e psicotrópicas, além de doenças degenerativas das articulações, fraqueza muscular, demências e outras.
Cuidados
Os aspectos sociais e cuidados com o ambiente dos idosos são fundamentais para diminuir os riscos de queda. A ideia de proporcionar um ambiente físico seguro ao idoso é extremamente importante para garantir qualidade de vida e independência funcional a essas pessoas. Outra ação importante envolve a programação de ações educativas, preventivas e promocionais na educação em saúde no sentido de reduzir o número de idosos internados por fratura, possibilitando a vivência do envelhecimento ativo.
Diagnóstico
O diagnóstico é a primeira etapa no cuidado das fraturas e está baseado na história e manifestações clínicas. O exame de radiografia (raios-X) é utilizado para confirmar o diagnóstico e direcionar o tratamento. A facilidade do diagnóstico varia de acordo com a localização e gravidade da fratura, podendo ser necessários outros exames como tomografia computadorizada e até ressonância magnética em casos de suspeita clinica e radiografias normais.
Tratamento
O tratamento da maioria das fraturas do fêmur é cirúrgico, sendo o tratamento não operatório reservado somente a algumas fraturas, com diagnóstico tardio, em casos de pacientes em que o risco cirúrgico seja maior do que o benefício da cirurgia. A cirurgia visa retorno precoce às atividades pré-fratura, seja através de fixação estável da fratura, com hastes, placas ou parafusos e substituição por prótese nas fraturas desviadas do colo do fêmur.
As complicações da fratura, como trombose venosa, distúrbios cardiorrespiratórios, urinários, escaras (úlceras/lesões causadas pela pressão local) estão relacionadas ao tempo de imobilidade do paciente, portanto é importante o tratamento e mobilização precoce.
Reabilitação
O processo de reabilitação no idoso deve ocorrer de forma sutil e gradativa. O período compreendido entre a restrição do paciente ao leito e o retorno ao movimento de marcha (caminhada) é crítico e deve ocorrer o mais breve possível. A capacidade física também é afetada, pois a atrofia muscular aumenta rapidamente e a recuperação será mais lenta, quanto mais longo for o período de imobilidade.
A mobilização precoce do idoso vítima de trauma é prioritária e constitui aspecto importante no processo de recuperação. Devem ser realizados exercícios ativos e passivos ainda no leito, os quais progridem assim que possível para atividade em cadeira de rodas e finalmente para deambulação.
Em grande parte, a reabilitação do idoso depende de sua motivação, de alterações neuro-comportamentais, inclusive de memória ou de humor pré-existentes ao trauma, bem como das dificuldades psicológicas decorrentes especificamente do acidente.
Em qualquer caso de trauma, a recomendação é sempre procurar um médico especialista em ortopedia e traumatologia.
Acesse a notícia completa na página da Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia (SBOT).
Fonte: Tech4Health
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Tratamento intensivo para a gota tem foco em reduzir o nível de ácido úrico no corpo
Tratamento pode proteger pacientes com podagra contra novos surtos
A gota é uma doença inflamatória que pode causar ataques muito dolorosos. Afeta principalmente os homens, particularmente com mais de 40 anos de idade. Uma das manifestações da gota é a chamada “podagra”, quando ocorre inchaço, vermelhidão e dor intensa nas articulações do pé, principalmente no hálux (dedão do pé).
” Pacientes com gota freqüentemente sofrem de grande dor. Em vez de prevenir ataques, muitos médicos e pacientes se concentram em reduzir a dor e a inflamação imediatas durante o ataque agudo de dores articulares”, diz o professor Dr. Till Uhlig, da Universidade de Oslo, na Noruega. Ele lidera o estudo Gota-NOR, um projeto colaborativo entre a Universidade de Oslo e o Hospital Diakonhjemmet.
Para prevenir novos ataques, é importante manter baixos os níveis de ácido úrico no corpo. No entanto, o tratamento de alívio da dor por si só não resulta em níveis satisfatoriamente baixos de ácido úrico para os pacientes. “É de vital importância que se reduza os níveis de ácido úrico, a fim de prevenir novos ataques, para que o paciente possa estar bem em longo prazo. Níveis baixos de ácido úrico também diminuirão o impacto da doença em outros órgãos, como coração e rins”, explica o Dr. Uhlig.
Dietas ricas em gordura e álcool podem desencadear a gota
Quem corre o risco de ter gota? Na maioria das vezes, a razão pela qual algumas pessoas possuem gota é devido à subexpressão do ácido úrico através dos rins. Esta é uma doença congênita para a maioria das pessoas. Para outros, os ataques podem ser desencadeados por refeições com uma alta ingestão de alimentos ricos em gordura e purinas e grandes quantidades de álcool. O álcool também contribui para a quebra da purina em ácido úrico. Estar acima do peso também pode ser um fator no desencadeamento de episódios.
Tratamento que reduz os níveis de ácido úrico
A inflamação é causada pela cristalização do ácido úrico que é excretado nas articulações, tendões ou outras partes do corpo, que ficam vermelhas, inchadas e doloridas. No estudo Gota-NOR foram pesquisadas formas específicas de tratamento que reduzem os níveis de ácido úrico no corpo, a fim de proteger os pacientes de novos ataques. “O estudo mostra que a redução dos níveis de ácido úrico no corpo é um tratamento eficaz. Essa percepção é importante para poder oferecer aos pacientes o melhor tratamento possível”, diz o Dr. Uhlig.
É muito comum que a articulação no dedão do pé seja atacada primeiro. Este é provavelmente o sintoma mais conhecido da gota. No entanto, a doença também pode causar várias complicações e mal funcionamento sustentado de várias articulações simultaneamente.
No estudo Gota-NOR, os pesquisadores trataram mais de 200 pacientes que sofrem de gota. Todos os pacientes haviam sofrido recentemente ataques nos quais apresentavam níveis excessivos de ácido úrico no sangue. O objetivo do tratamento foi diminuir os níveis de ácido úrico, de modo que o risco de novos ataques praticamente desapareceu. “Os pacientes foram agendados para check-ups mensais com médicos e enfermeiros, onde também receberam orientação sobre estilo de vida. Se necessário, também intensificamos o tratamento medicamentoso para diminuir ainda mais os níveis de ácido úrico”, explica o professor.
Esta é a primeira vez que os pacientes com gota regular foram tratados com essa combinação de check-ups mensais e aumentos potenciais no tratamento medicamentoso. Este regime não só teve um efeito positivo nos sintomas dos pacientes, como também mostrou que é possível reverter o processo em que o ácido úrico se acumula no tecido corporal. Após um ano, o ácido úrico acumulado nas articulações dos pacientes foi significativamente reduzido. “Nosso objetivo em todos os momentos é adaptar o tratamento médico para que os níveis de ácido úrico no sangue permaneçam baixos. O tratamento é vitalício”, conclui o Dr. Uhlig.
Acesse a notícia completa na página da Universidade de Oslo (em inglês).
Fonte: Tech4Health
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ABRIL MARROM: a importância da prevenção contra à cegueira
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Cientistas descobrem alvo metabólico para prevenir e tratar insuficiência cardíaca em estágio inicial
Quantidade de um composto chamado acil-CoA é quase 60 por cento menor em corações com insuficiência em comparação com corações normais
Pesquisadores da Faculdade de Medicina e do Centro Médico Wexner da Universidade Estadual de Ohio, nos Estados Unidos, identificaram um processo metabólico no coração que, se tratado, poderia prevenir ou retardar a progressão da insuficiência cardíaca. Os resultados da pesquisa foram publicados na revista científica Circulation.
Antes que qualquer sinal ou sintoma físico de insuficiência cardíaca esteja presente, as primeiras alterações ocorrem no metabolismo das células cardíacas. “Nossos corações queimam combustível, muito parecido com motores de combustão em carros. Em vez de gasolina, nossas células cardíacas queimam gorduras e uma pequena quantidade de glicose. Quando nossos corações ficam cronicamente estressados, eles tentam se adaptar, mas algumas dessas mudanças pioram as coisas.”, explicou o Dr. Douglas Lewandowski, diretor de pesquisa translacional do Instituto de Pesquisa em Coração e Pulmão de Ohio.
Para sua pesquisa, a equipe do Dr. Lewandowski examinou modelos de camundongos com insuficiência cardíaca e tecido cardíaco humano obtido de pacientes com insuficiência cardíaca antes e depois do implante cirúrgico de dispositivos de assistência cardíaca. Eles descobriram que a quantidade de um composto chamado acil-CoA é quase 60 por cento menor em corações com insuficiência em comparação com corações normais. Essa interrupção no metabolismo normal do coração cria gorduras tóxicas que prejudicam a capacidade do coração de funcionar e bombear adequadamente.
Em seguida, a equipe testou camundongos que superexpressaram um gene para uma proteína chamada ACSL1, conhecida por produzir acil-CoA. Quando expostos a condições que causam insuficiência cardíaca, os camundongos continuaram a produzir quantidades normais de acil-CoA e a extensão da insuficiência cardíaca foi reduzida e atrasada.
“Ao manter esse composto de gordura, o acil-CoA, os corações mantiveram sua capacidade de queimar gordura e gerar energia. É importante ressaltar que a superexpressão de ACSL1 também reduziu as gorduras tóxicas, normalizou a função celular e reduziu a perda progressiva de função nos corações dos camundongos ”, explicou o Dr. Douglas Lewandowski.
Acesse o resumo do artigo científico (em inglês).
Acesse a notícia completa na página da Universidade Estadual de Ohio (em inglês).
Fonte: Tech4Health
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Desenvolvimento infantil: atividades simples ajudam a enfrentar problemas de saúde
Quando uma criança enfrenta, logo no início da vida, uma doença ou uma situação mais delicada de saúde, por vários motivos isso pode interferir no seu desenvolvimento, mesmo que de forma sutil.
Um bebê pode ter atrasos na fala e na evolução dos movimentos, por exemplo, o que acarreta consequências futuras. Por isso é importante que esses pequenos atrasos sejam identificados rapidamente. Assim, a família pode entrar em cena e estimular a criança com atividades que permitirão reverter o quadro. Brincar de “aviãozinho” com o bebê de quatro meses pode ser um exercício importante para ajudar a desenvolver a musculatura do pescoço, por exemplo. Foi pensando nesses casos que a enfermeira Flávia Alvarenga Fernandes Bruzi produziu sua dissertação de mestrado – a primeira defendida no Programa de Pós-Graduação em Ciências da Saúde da Universidade Federal de Lavras (PPGDSA/UFLA).
Os resultados do estudo mostraram que 53,37% das crianças avaliadas apresentavam algum tipo de atraso. Esse percentual caiu para 14,41% depois que os pais ou responsáveis realizaram atividades diárias de estímulo com as crianças, por períodos de três e seis meses. Eles receberam da pesquisadora a orientação sobre quais atividades promover e como fazer. Esse roteiro foi elaborado a partir de informações extraídas de três manuais do Ministério da Saúde, que foram compiladas por Flávia e deram origem a um protocolo de intervenções que pode ser utilizado por profissionais de saúde em qualquer unidade de atendimento, para orientação aos familiares. “O trabalho mostrou que intervenções muito simples – medidas fáceis de serem replicadas – são eficazes para prevenir o atraso de desenvolvimento e mesmo reverter os casos já existentes. Em um período muito curto – de apenas três meses – a maior parte das crianças já consegue alcançar o desenvolvimento compatível com a idade”, avalia Flávia.
A pesquisa
O estudo foi desenvolvido com 118 crianças de até 5 anos de idade, assistidas pelo Centro Estadual de Atenção Especializada (Ceae), referência para dez municípios da região de Lavras. São crianças que passaram ou passam por diferentes problemas de saúde, como nascimento prematuro, infecções por toxoplasmose e outras doenças, baixo peso persistente e outros muitos casos que exigem atenção especial. Inicialmente, a pesquisadora realizou o diagnóstico para identificar quais delas possuíam algum tipo de atraso no desenvolvimento. A maior parte (53,37%) foi identificada com potencial de atraso. O trabalho permitiu também observar que existe uma relação entre o atraso no desenvolvimento e algumas circunstâncias que colaboram para esse atraso, como o uso contínuo de medicamentos pela criança e um histórico de internações frequentes, por exemplo.
Depois da primeira avaliação, as famílias das crianças com possível atraso foram orientadas a realizar pequenos exercícios e atividades diariamente. Nova avaliação foi feita depois de três meses, quando a pesquisadora conseguiu constatar os efeitos do programa de atividades: houve redução significativa no número de crianças que permaneciam com sinais de desenvolvimento aquém do esperado para a idade. Os estímulos continuaram e, passados mais três meses, houve outra etapa de avaliação. Já nessa fase, não se observou alteração significativa dos resultados, ficando evidente que a evolução das crianças ocorre mesmo dentro de um curto espaço de tempo.
Para que os pais e familiares mantivessem a rotina de atividades, Flávia considera que foi determinante o contato contínuo que manteve com eles. “Frequentei o Ceae durante todo esse tempo, e todas as vezes que encontrava as famílias conversávamos sobre as atividades. Foi uma forma importante de mantê-los engajados com o protocolo”, diz. “Outro ponto importante é ressaltar que os avanços ocorrem mais facilmente com crianças menores de três anos. É mais promissor reverter atrasos ainda nessa fase da vida. Como os atrasos podem ser sutis, muitas vezes pais e médicos não os identificam prontamente, e as intervenções acabam ocorrendo apenas quando a criança está maior. Por isso, é tão importante identificar precocemente e aplicar o protocolo”, explica a pesquisadora.
Acesse a notícia completa na página da Universidade Federal de Lavras.
Fonte: Tech4Health
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