Transplante de medula óssea na idade pediátrica: microbiota influencia aparecimento de complicações
Microbiota intestinal de crianças submetidas à cirurgia tem características relacionadas ao resultado da terapia
A microbiota intestinal – o conjunto de microrganismos simbióticos que habitam o intestino humano – desempenha um papel decisivo na decisão do pós-transplante de medula óssea em pacientes pediátricos. Isto é sugerido por dois estudos coordenados por pesquisadores da Policlínica de Sant’Orsola e da Universidade de Bolonha, na Itália.
Os pesquisadores observaram que crianças que desenvolvem complicações pós-transplante têm uma microbiota mais rica em bactérias resistentes a antibióticos. A descoberta abre caminho para o uso futuro da microbiota como uma ferramenta para reconhecer antecipadamente os pacientes com maior risco de desenvolver complicações e, portanto, para estudar terapias personalizadas e profilaxia.
Perigo de rejeição
O transplante de medula óssea permite a transfusão de células-tronco hematopoiéticas, ou células-tronco que dão origem a todos os diferentes tipos de células presentes no sangue. É um procedimento usado para tratar muitas doenças do sistema imunológico e do sangue, como a leucemia.
Como com todos os transplantes, no entanto, o risco de desenvolver complicações não está ausente. Em particular, o transplante de medula óssea pode desencadear a Doença do Enxerto Contra Hospedeiro (GVHD): uma reação com uma taxa de mortalidade significativa, que pode ser particularmente perigosa para pacientes pediátricos.
Aumento de resistência
Para analisar a relação entre microbiota e resistência a antibióticos, os pesquisadores realizaram uma análise em pacientes pediátricos com foco no conjunto de todos os genes envolvidos no desenvolvimento da resistência a antibióticos presentes no genoma das bactérias que ficam instaladas no intestino.
O estudo – publicado na revista Scientific Reports – envolveu oito crianças internadas no Centro de Oncologia e Hematologia Pediátrica da Policlínica de Sant’Orsola, metade das quais desenvolveu GVHD após o transplante de medula óssea. Usando técnicas massivas de sequenciamento de DNA, os pesquisadores apontaram que, imediatamente após o transplante, tanto a resistência aos antibióticos já ativos quanto a aquisição de novas resistências estavam ocorrendo na microbiota intestinal dos pacientes.
Terapia personalizada
Um segundo estudo também foi realizado para confirmar a conexão entre a microbiota intestinal e a probabilidade de desenvolver GVHD após o transplante de medula óssea, envolvendo vários centros de transplantes italianos:o Hospital Bambino Gesù em Roma, o Hospital de Verona, o Policlinico San Matteo de Pavia e o Policlinico di Sant’Orsola, em Bolonha.
Os resultados – publicados na revista científica BMC Medical Genomics – mostraram as variações na composição da microbiota de 36 crianças antes e depois do transplante. E mesmo nesse caso, o papel da população bacteriana intestinal emerge claramente: os pacientes que acabam desenvolvendo GVHD já apresentavam uma microbiota alterada, com biodiversidade reduzida e uma abundância maior de bactérias específicas ligadas ao desenvolvimento de inflamação, antes mesmo do transplante.
Acesse a notícia completa na página da Revista UniBo, da Universidade de Bolonha (em italiano).
Fonte: Tech4Health
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Análise da atividade bioelétrica pode permitir diagnóstico mais rápido e confiável de problemas intestinais
O Dr. Peng Du, do Instituto de Bioengenharia da Universidade de Auckland, na Nova Zelândia, lidera uma pesquisa cujo objetivo é o desenvolvimento de dispositivos que possam ajudar no diagnóstico e tratamento rápidos e confiáveis de problemas intestinais. O pesquisador ganhou recentemente o Prêmio de Cientista Emergente MacDiarmid de 2018.
O trabalho liderado pelo Dr. Peng Du poderá fazer uma grande diferença na vida das pessoas que sofrem de condições digestivas crônicas que causam constantes náuseas e doenças. Ele usa uma combinação de dados experimentais e modelagem matemática para entender o que acontece com a comida que comemos, e as interações entre ondas de atividade bioelétrica geradas pelo intestino e seus movimentos para garantir que os nutrientes essenciais possam ser absorvidos. Os cientistas mapearam a atividade bioelétrica do trato gastrointestinal para distinguir funções intestinais saudáveis de anormais.
Foram desenvolvidas tiras de polímero descartáveis e flexíveis embutidas com eletrodos e circuitos para mapear a atividade bioelétrica, transmitindo as leituras para uma análise numérica. “Registrar a atividade intestinal de vários eletrodos foi nosso primeiro grande salto tecnológico e queríamos ter certeza de que os dispositivos e tecnologias fossem transferíveis do laboratório para um ambiente clínico”, diz o Dr. Peng Du. Para validar o trabalho de sua equipe, ele levou a técnica para outras pesquisas na Europa, Ásia e Estados Unidos.
O pesquisador e sua equipe de engenheiros biomédicos e clínicos conseguiram uma outra descoberta na qual a mesma atividade intestinal pode ser monitorada com uma série de eletrodos colocados na superfície do corpo, eliminando potencialmente a necessidade de procedimentos de diagnóstico médico invasivos. “Se você pode detectar a atividade elétrica, você tem uma maneira de entender as contrações e as funções gástricas sem recorrer a exames médicos invasivos e caros. É como um eletrocardiograma para o intestino e não para o coração ”, afirma o especialista.
A fabricação de protótipos está em andamento e o Dr. Peng Du diz que os primeiros dispositivos estão quase prontos para testes com pacientes em dez centros médicos em todo o mundo. Uma empresa spin-out do Instituto de Bioengenharia da Universidade de Auckland , a FlexiMap Ltd, foi fundada para gerenciar a comercialização e a propriedade intelectual gerada a partir da pesquisa.
A modelagem matemática do Dr. Du também está alimentando um programa colaborativo internacional para desenvolver um “Intestino Virtual”, abrindo o caminho para melhores técnicas de diagnóstico.
Acesse a notícia completa na página da Universidade de Auckland (em inglês).
Fonte: Tech4Health
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Uso excessivo de fones de ouvido pode causar perda auditiva
O ideal é não utilizar por mais de meia hora continuamente e ouvir sempre com volume baixo
De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), aproximadamente 50% da população entre 12 e 35 anos moradora de países de média e baixa renda escuta música em intensidade que pode ser prejudicial para a sua audição. Os fones de ouvido são importantes fatores dessa estatística. O Órgão estima que mais de 1 bilhão de jovens nessa faixa etária correm o risco de sofrer perdas auditivas por divertir-se com as canções em altura excessiva nesses equipamentos. Por isso, é importante estar atento para conseguir aproveitar as melodias e manter-se saudável.
Segundo a OMS, 360 milhões de pessoas possuem perda de audição em todo o mundo. Esses problemas podem ser congênitos, presentes desde o nascimento, ou adquirido ao longo da vida. Neuropatias, diabetes e a degeneração das células da cóclea e do nervo auditivo causadas pelo envelhecimento estão entre as possíveis causas. Normalmente, quem sofre com essa situação tem alguma predisposição genética, no entanto, a exposição demasiada ao barulho também pode contribuir e, nesse sentido, o fone de ouvido tem um papel de destaque.
A utilização abusiva e prolongada do equipamento é capaz de causar efeitos irreversíveis independente do modelo escolhido. Para garantir a sua saúde, o essencial é não abusar. “Tanto o de inserção quanto o de concha, se usados excessivamente, são ruins. O ideal é não ficar mais do que meia hora continuamente. Realize pausas de, por exemplo, 10 minutos e ouça sempre com volume baixo”, explica a otorrinolaringologista do Hospital São Lucas da PUCRS, Dra. Inesângela Canali.
Se você já percebeu alguma dificuldade de compreensão auditiva, procure um especialista. Além de recorrer aos aparelhos de amplificação sonora para reabilitação, é importante controlar doenças como diabetes, hipertensão e dislipidemia, manter hábitos de vida saudáveis, evitar a exposição a ruídos altos e o uso intenso dos fones de ouvido.
Acesse a notícia na página do Hospital São Lucas da PUC-RS.
Fonte: Tech4Health
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Pesquisadores testam técnicas de conservação do tecido ovariano
Prática é indicada a mulheres que querem engravidar após tratamento oncológico
O congelamento de tecido ovariano é uma alternativa promissora para mulheres que sonham em ter filhos após passarem por tratamento oncológico. Diferentemente do congelamento de óvulos, essa prática permite recuperar a funcionalidade do ovário – tanto no quesito fertilidade quanto em relação à produção de hormônios. Pesquisadores da Faculdade de Medicina da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e do Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia de Hormônios e Saúde da Mulher (INCT-Hormona) vêm desenvolvendo técnicas para melhorar a conservação do tecido congelado e proporcionar resultados mais positivos ao ser transplantado.
Os avanços já são observados em modelos animais e, ainda neste semestre, as novas técnicas deverão ser testadas em tecido humano. De acordo com o professor do Departamento de Ginecologia e Obstetrícia e um dos pesquisadores envolvidos no projeto, Dr. Fernando Reis, embora a prática de congelamento de tecido ovariano já seja utilizada na medicina reprodutiva, ainda há muito a desenvolver.
O congelamento de tecido é indicado a pacientes que serão submetidas à quimioterapia ou à radioterapia, tratamentos que podem provocar a infertilidade. Quanto mais conservado estiver o tecido, maiores são as chances de sucesso do tratamento. Isso porque os fragmentos do ovário que forem congelados poderão ser transplantados de volta ao corpo da paciente, após sua cura. “Assim, o tecido vai se regenerar, e ela poderá voltar a produzir hormônios, ovular e a engravidar espontaneamente ou por meio de reprodução assistida”, explica o Dr. Fernando Reis.
O grupo pesquisa uma técnica que se vale de novos materiais crioprotetores, para evitar possíveis danos ao tecido exposto ao frio extremo. Na pesquisa, são comparadas duas técnicas de congelamento: a lenta e a ultrarrápida (vitrificação), com e sem polímeros sintéticos, que são produtos químicos que poderiam proteger ainda mais as células.
Essas técnicas vem sendo testadas em ovários de macacas e bovinos. Segundo o professor, a escolha desses animais se deve à semelhança estrutural e funcional com os ovários humanos. Os testes em bovinos utilizam material doado por frigoríficos. Os resultados, possivelmente, serão conhecidos ainda neste ano.
Acesse a notícia completa na página da UFMG.
Fonte: Tech4Health
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Hipertensão na gravidez e a saúde pós-parto
Estudo clínico australiano testará as melhores estratégias para mulheres e bebês que sofreram com distúrbios hipertensivos durante a gravidez
Um novo estudo lançado em janeiro de 2019 no Hospital St George, na Austrália, irá testar as melhores estratégias de mudança de comportamento e estilo de vida para as mulheres e seus bebês depois de experimentar um distúrbio hipertensivo durante a gravidez. Cerca de uma em cada 10 mulheres na Austrália tem uma gravidez hipertensiva, o que equivale a aproximadamente 30.000 mulheres afetadas anualmente. Os distúrbios hipertensivos incluem pré-eclâmpsia, hipertensão gestacional ou hipertensão crônica.
Este estudo, o primeiro estudo mundia, tem como objetivo recrutar 500 mulheres e será realizado em cinco hospitais em Sydney, incluindo o Hospital St George, o Hospital Real para Mulheres, o Hospital Royal Prince Alfred, o Hospital Liverpool e o Hospital Campbelltown.
A pesquisadora-chefe do estudo, Dra. Amanda Henry, obstetra do Hospital St George e professora da Escola de Saúde da Mulher e da Criança da Universidade de Nova Gales do Sul, na Austrália, disse que as mulheres que tiveram uma gravidez hipertensiva correm maior risco de problemas de saúde em longo prazo. “Muitos estudos demonstraram que, embora a pressão arterial volte ao normal para a maioria das mulheres após uma gravidez hipertensiva, elas têm pelo menos o dobro do risco de ataque cardíaco, derrame e diabetes, e triplicam o risco de pressão alta crônica, em comparação com mulheres que tiveram uma gravidez sem complicações ”, disse a Dra. Amanda.
“No entanto, desconhece-se se a monitorização ou os tratamentos nos primeiros anos após uma gravidez hipertensiva podem melhorar os riscos ou resultados para a saúde de uma mãe ou do seu bebé. O Estudo da Pressão Arterial Pós-Parto – ou BP2 – tem como objetivo responder a essa pergunta, testando diferentes métodos de acompanhamento e incentivando um estilo de vida saudável após uma gravidez hipertensiva”, explica a Dra. Amanda Henry.
As participantes do estudo receberão um dos três caminhos para o cuidado contínuo, incluindo acompanhamento com um médico, atendimento em uma clínica pós-parto ou participação em um programa de estilo de vida. As mulheres e seus bebês retornarão ao hospital onde deram à luz para acompanhamento e avaliação depois de seis meses após o nascimento, e depois a intervalos anuais a partir de quando o bebê fizer um ano.
“Os métodos de estudo que estão sendo investigados diferem do tratamento padrão oferecido após uma mulher ter uma gravidez hipertensiva, porque eles incluem pacotes de informações estruturadas e consistentes, ferramentas de educação e uma clínica pós-parto específica para mulheres”, disse a especialista. “Atualmente, poucas mulheres recebem acompanhamento adequado, aconselhamento ou ferramentas para apoiar sua saúde em longo prazo. Como a gravidez identifica um grupo de mulheres relativamente jovens com maior risco de doença cardíaca, nossa equipe de pesquisadores espera que o estudo identifique intervenções eficazes que possam melhorar a saúde futura de milhares de mulheres australianas”, concluiu A Dra. Amanda Henry.
Acesse a notícia completa na página da Universidade de Nova Gales do Sul (em inglês).
Fonte: Tech4Health
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Kit pedagógico visa contribuir com ensino de genética nas escolas
Protótipo é fruto de união entre Unesp e colégio de Botucatu, com apoio da Fapesp
A ciência fascina, mas ainda é algo distante da maioria da população brasileira. Talvez pela complexidade de temas. Pelas nomenclaturas um tanto quanto complicadas para descrever uma doença ou elemento químico. Ou mesmo devido à maneira com que este tipo de conteúdo ainda é compartilhado dentro das salas de aula.
Neste sentido, o Instituto de Biociências da Universidade Estadual Paulista (Unesp) em Botucatu/SP, junto com alunos do Colégio Embraer – Casimiro Montenegro Filho, estão tirando do papel um protótipo para o ensino de genética nas escolas. Trata-se de um material associado a um projeto temático financiado pela Fapesp que vem sendo desenvolvido na universidade. E um dos objetivos deste amplo projeto é de criar um kit educativo sobre cromossomos.
O conjunto pedagógico é formado por peças confeccionadas em impressoras 3D. Estas são presas em um quadro metálico através de imãs e que reproduzem a montagem de um cariótipo para estudo de alterações cromossômicas. Uma ideia relativamente bem simples, mas bastante prática. Afinal, o material didático é leve e pode ser transportado facilmente pelo professor numa bolsa.
Para desenvolver esse material educativo, o Instituto de Biociências firmou uma colaboração com o Colégio Embraer e alguns de seus alunos, que por meio de uma disciplina específica ficaram responsáveis por sua criação. “Temos uma disciplina chamada ‘Projetos Abrangentes’ que instiga os estudantes a desenvolverem soluções para problemas reais. Esses projetos devem pautar-se por sua relevância acadêmica, social e econômica. E é o que este projeto busca é justamente isso: fazer a ciência tocar os jovens na prática”, explica o diretor do colégio, professor Renato Augusto.
“Esse kit permite que o jovem aluno possa compreender melhor as alterações genéticas associadas a várias síndromes. E esse projeto de cooperação tem justamente esta proposta, que é a de trabalhar ensino e aprendizagem de uma forma diferenciada, utilizando materiais que permitam a interatividade”, comenta a professora Dra. Adriane Wasko, do Departamento de Genética do IB e uma das responsáveis pela produção do material educativo.
Acesse a notícia completa na página da Unesp.
Fonte: Tech4Health
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ICESP traça perfil dos tipos de tumores mais tratados entre homens e mulheres
Câncer de mama é o mais prevalente entre as mulheres, enquanto o câncer de próstata é o mais comum entre os homens
Em movimento ao Dia Mundial do Câncer, ocorrido no último dia 4 de fevereiro, o Instituto do Câncer do Estado de São Paulo (ICESP) traçou perfil dos tipos de cânceres que são os mais tratados dentro do Instituto, entre homens e mulheres.
Em relação ao total de pacientes ativos no ICESP até dezembro de 2018, 56% representam o público feminino e 44% o masculino.
Foi possível observar que o tipo de câncer mais prevalente nas mulheres é o de mama, com 27.4% dos casos. O segundo câncer é o colorretal (7.4%), em terceiro lugar o câncer de tireoide (3.6%), e em quarto o de pele (2.7%). Os quatro cânceres mais comuns tratados entre o público feminino configuram 23% do volume de atendimentos de toda a Instituição.
Já entre os homens, o câncer de próstata é o mais comum, refletindo 27.3% dos tratamentos. Em segundo lugar está o câncer colorretal (8.4%), o terceiro mais prevalente é o de pele (3.5%) e o quarto de bexiga (3%). Estes quatro tipos de tumores, considerados os mais prevalentes no público masculino, equivalem a 19% dentre todos os outros.
“Os números apresentados são referentes aos pacientes que fazem tratamento oncológico dentro do ICESP. Os dados não representam o ranking de incidência do câncer no Brasil, porém, esse levantamento nos permite observar qual é a população dentro da nossa Instituição, que é considerada uma das maiores na América Latina, que atende casos de alta complexidade”, afirmou a Dra. Maria Del Pilar Estevez Diz, diretora da oncologia clínica.
Sobre a faixa etária dos gêneros, foi visto que as pacientes abaixo de 59 anos, dentro dos quatro cânceres femininos citados acima, significam 47% do total. Já no grupo masculino, esse número é bem menor, apenas 22%.
“Uma observação que podemos fazer, a partir da apresentação dos tumores mais prevalentes em nossos pacientes, é que os dois principais, câncer de mama e de próstata, dependem de um diagnóstico feito por meio de exames de rotina. É fundamental, tanto o homem quanto a mulher, não deixarem de ir ao médico anualmente, permitindo que possíveis doenças,e, até lesões pré-malignas, sejam rastreadas logo no início, garantindo melhores chances de tratamento”, relata a Dra. Maria Del Pilar.
A médica ainda explica que os outros tumores apontados no relatório, como colorretal, pele e bexiga, podem, em alguns casos, ser prevenidos com mudanças de hábitos. Uma alimentação balanceada, rica em fibras, verduras e legumes, sem excesso de açúcar, gorduras e industrializados, pode ser um ótimo agente contra o desenvolvimento do câncer.
Além da dieta, a Dra. Pilar ainda reforça a importância da prática de atividades físicas semanais e lembra sobre o mal causado ao organismo pelo cigarro. Outra dica indispensável é sobre o consumo de bebidas alcoólicas, que quando somado ao fumo, pode duplicar os riscos à saúde.
Quanto ao câncer de pele, a orientação dos profissionais é o uso de filtro solar ao ar livre e em ambientes fechados também. Evitar exposição o sol entre 10h e 16h e usar chapéus ou bonés com abas largas para ajudar na proteção. É importante que as pessoas, ao notarem qualquer mudança no corpo, procurem ajuda de um profissional.
Acesse a notícia na página do ICESP.
Fonte: TEch4Health
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Parceria entre Prefeitura e Fundo Socioambiental CAIXA
Fruto da parceria entre a Prefeitura de São Paulo, por meio das secretarias de Inovação e Tecnologia e da Saúde, e a Caixa Econômica Federal, por meio do Fundo Socioambiental, o Residência Maker fomenta projetos que abordem de forma criativa e eficaz problemas complexos de saúde pública nas grandes metrópoles.
O programa irá apoiar organizações no desenvolvimento de iniciativas relacionadas à obesidade infantil e na adolescência, além de diabetes do tipo II, entre outras doenças, prevendo o investimento de até R$ 4 milhões na incubação de projetos em estágio inicial de desenvolvimento: aqueles que estejam passando pelas etapas de prova de conceito, elaboração de protótipos de baixa fidelidade, de validação e escala de nova tecnologia.
O edital do Residência Maker é direcionado às organizações sem fins lucrativos, pessoa jurídica de direito privado, com comprovada regularidade de suas obrigações legais e fiscais, experiência no desenvolvimento e suporte de projetos inovadores e na atuação no ecossistema de inovação. As inscrições acontecem entre 7 de janeiro e 1º de fevereiro de 2019 e devem ser enviadas via correio para Secretaria Municipal de Inovação e Tecnologia (SMIT), localizada na Rua Libero Badaró, 425, 4º andar – Centro. Alternativamente, as inscrições podem ser feitas mediante entrega protocolada no endereço Rua Libero Badaró, 425, 27º andar – A/C de Setor de Protocolos. Mais informações podem ser encontradas no Portal ResidenciaMaker.
Seleção
Será selecionada a organização que apresentar capacidade técnica e metodológica – em conformidade com os requisitos do edital – para incubar cerca de 40 projetos inovadores realizados por pessoas físicas. A entidade poderá contar com parceiras para realizar a proposta.
A organização vencedora receberá o investimento para executar a metodologia, sendo responsável por formular desafios referentes ao tema de problemas complexos de saúde, atrair, selecionar, incubar e acompanhar o desenvolvimento de projetos inovadores.
Os projetos inovadores selecionados pela organização, em conjunto com a Prefeitura de São Paulo e a Caixa Econômica Federal, passarão por um programa de residência com duração prevista de quatro meses e recursos para validação e desenvolvimento das iniciativas.
A Secretaria Municipal da Saúde (SMS) de São Paulo disponibilizará apoio técnico e acesso às informações da base de dados sobre os dois temas, além da mentoria de especialistas aos empreendedores.
Participação
O edital de seleção para o programa pode ser encontrado em residenciamaker.prefeitura.sp.gov.br. Os resultados da seleção serão anunciados em abril de 2019, com início da parceria previsto para maio deste ano.
Acesse a página do Desafio Residência Maker.
Fonte: Tech4Health
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Luta contra o câncer: identificadas novas moléculas que ativam o sistema imunológico
Interagindo com estruturas não-canônicas do DNA, alguns compostos químicos causam a morte de células cancerígenas e estimulam os mecanismos de defesa do corpo
Um grupo de pesquisa da Universidade de Bolonha, na Itália, identificou pela primeira vez alguns compostos químicos capazes de provocar um tipo particular de instabilidade genômica dentro do DNA de células tumorais: um efeito que pode levar à morte das próprias células, estimulando ao mesmo tempo a resposta do sistema imunológico contra a doença.
No centro do estudo está o papel fundamental das estruturas não-canônicas de DNA conhecidas como “quartetos de guanina” (G4): um tipo de dano genético que é capaz de ativar os mecanismos de defesa do corpo. Os resultados do estudo foram publicados na revista científica Proceedings of the National Academy of Sciences of the United States of America (PNAS).
Células Instáveis
A molécula de DNA armazenada dentro de cada célula humana é composta de cerca de 6,5 bilhões de nucleotídeos, que podem ser de quatro tipos, dependendo das quatro diferentes bases nitrogenadas presentes: adenina (A), timina (T ), guanina (G) e citosina (C). Esta arquitetura extremamente complexa, no entanto, é também particularmente exposta a agentes externos e internos (radiação, toxinas, agentes químicos, mas também a produtos secundários normais do metabolismo celular), que acabam por danificar os nucleotideos: qualquer dano provoca uma alternância no genoma que pode conduzir a mutações ou rearranjos dos cromossomos, ameaçando assim o bom funcionamento da célula.
Células cancerosas comumente exploram essas alterações para se adaptar a diferentes condições e evitar os efeitos das terapias. Mas enquanto a instabilidade genômica favorece a doença, em algumas ocasiões ela também pode se tornar uma aliada. “Em alguns casos, danos no DNA podem se tornar um alerta que desperta mecanismos de defesa do corpo”, explica o Dr. Giovanni Capranico, professor da Universidade de Bolonha que coordenou o estudo. “Nossa pesquisa mostra que alguns compostos que interagem com estruturas não-canônicas de DNA conhecidas como Quartetos de Guanina (G4) podem levar a uma instabilidade genômica particular capaz de ativar a resposta imune”.
Quartetos de Guanina
“O estudo foi iniciado a partir da análise do mecanismo molecular de alguns compostos que interagem com quartetos guanina, uma das quais foi sintetizado na Universidade de Bolonha, nos laboratórios do Departamento de Farmácia e Biotecnologia pela Dra. Rita Morigi” explica o professor Giovanni Capranico. A ação destes compostos é particularmente importante porque atua ao mesmo tempo em duas frentes: por um lado, provoca a morte das células cancerosas e a outra ativa os mecanismos de defesa do organismo, estimulando a resposta imunológica contra a doença. “Estas moléculas – confirma o especialista – são capazes de estabilizar o G4 e também outras estruturas de DNA não canônicas dentro das células tumorais: um fenômeno que causa disfunções graves na atividade do genoma”. Este resultado abre caminho para novas formas de tratamento do câncer. “O resultado é positivo, mas a pesquisa deve continuar porque ainda não temos a molécula certa, adequada para o tratamento de pacientes com câncer”, conclui o professor Giovanni.
Acesse o resumo do artigo científico (em inglês).
Acesse a notícia completa na Revista da Universidade de Bolonha (em italiano).
Fonte: Tech4Health
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Neurotecnologia pode auxiliar pessoas com deficiências motoras
Pesquisadores do Instituto Tecnológico de Monterrey desenvolvem interface cérebro-computador que pode identificar sinais neurais
Proporcionar novas formas de controle da mobilidade das pessoas é o objetivo de um projeto que está sendo desenvolvido no Instituto Tecnológico e de Estudos Superiores de Monterrey (Tecnológico de Monterrey), no México, entitulado “Desenvolvimento de novas tecnologias de neuroreabilitação”. A pesquisa envolve também o Centro de Pesquisas em Computação do Instituto Politécnico Nacional (IPN) e o Instituto Nacional de Reabilitação (INR), ambos do México.
A proposta visa codificar a atividade eletrofisiológica do ser humano, através de um eletroencefalograma, para garantir que as pessoas com deficiência motora realizem o movimento apenas pensando nele. “(Os resultados) são principalmente – mas não de modo exclusivo – para quem, por doença ou acidente, não consegue fazer movimentos voluntários”, disse o Dr. Mauricio Antelis, professor da Escola de Engenharia e Ciências (EIC) do Tecnológico de Monterrey e líder do projeto.
“A atividade cerebral é aquistada … e é decodificada naquilo que a pessoa quer fazer. E então você pode controlar um aplicativo; no caso, uma órtese robótica “, acrescentou o pesquisador. Os algoritmos que decodificam o sinal cerebral foram desenvolvidos no Centro de Pesquisas em Computação do IPN. “Eles são algoritmos baseados em aprendizagem profunda e redes neurais morfológicas”, explicou o Dr. Maurício Antelis. Uma vez integrada e em funcionamento, sua aplicação em pacientes reais poderá ser feita no INR.
Os resultados obtidos foram abrangentes e, em vez de se desenvolver uma interface para um tipo específico de paciente, foram criadas duas interfaces para lesões diferentes.
No INR, o sistema neurotecnológico será aplicado aos pacientes com lesão da medula espinhal, pessoas tetraplégicas que através de um sistema de estimulação elétrica aplicado aos seus músculos poderão movimentar a mão esquerda ou direita. “A interface cérebro-computador com base no eletroencefalograma detecta se a pessoa quer mover um dedo ou a mão inteira”, explicou o líder do desenvolvimento.
Acesse a notícia completa na página do Tecnológico de Monterrey (em espanhol).
Fonte: Tech4Health
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