Luta contra o câncer: identificadas novas moléculas que ativam o sistema imunológico
Interagindo com estruturas não-canônicas do DNA, alguns compostos químicos causam a morte de células cancerígenas e estimulam os mecanismos de defesa do corpo
Um grupo de pesquisa da Universidade de Bolonha, na Itália, identificou pela primeira vez alguns compostos químicos capazes de provocar um tipo particular de instabilidade genômica dentro do DNA de células tumorais: um efeito que pode levar à morte das próprias células, estimulando ao mesmo tempo a resposta do sistema imunológico contra a doença.
No centro do estudo está o papel fundamental das estruturas não-canônicas de DNA conhecidas como “quartetos de guanina” (G4): um tipo de dano genético que é capaz de ativar os mecanismos de defesa do corpo. Os resultados do estudo foram publicados na revista científica Proceedings of the National Academy of Sciences of the United States of America (PNAS).
Células Instáveis
A molécula de DNA armazenada dentro de cada célula humana é composta de cerca de 6,5 bilhões de nucleotídeos, que podem ser de quatro tipos, dependendo das quatro diferentes bases nitrogenadas presentes: adenina (A), timina (T ), guanina (G) e citosina (C). Esta arquitetura extremamente complexa, no entanto, é também particularmente exposta a agentes externos e internos (radiação, toxinas, agentes químicos, mas também a produtos secundários normais do metabolismo celular), que acabam por danificar os nucleotideos: qualquer dano provoca uma alternância no genoma que pode conduzir a mutações ou rearranjos dos cromossomos, ameaçando assim o bom funcionamento da célula.
Células cancerosas comumente exploram essas alterações para se adaptar a diferentes condições e evitar os efeitos das terapias. Mas enquanto a instabilidade genômica favorece a doença, em algumas ocasiões ela também pode se tornar uma aliada. “Em alguns casos, danos no DNA podem se tornar um alerta que desperta mecanismos de defesa do corpo”, explica o Dr. Giovanni Capranico, professor da Universidade de Bolonha que coordenou o estudo. “Nossa pesquisa mostra que alguns compostos que interagem com estruturas não-canônicas de DNA conhecidas como Quartetos de Guanina (G4) podem levar a uma instabilidade genômica particular capaz de ativar a resposta imune”.
Quartetos de Guanina
“O estudo foi iniciado a partir da análise do mecanismo molecular de alguns compostos que interagem com quartetos guanina, uma das quais foi sintetizado na Universidade de Bolonha, nos laboratórios do Departamento de Farmácia e Biotecnologia pela Dra. Rita Morigi” explica o professor Giovanni Capranico. A ação destes compostos é particularmente importante porque atua ao mesmo tempo em duas frentes: por um lado, provoca a morte das células cancerosas e a outra ativa os mecanismos de defesa do organismo, estimulando a resposta imunológica contra a doença. “Estas moléculas – confirma o especialista – são capazes de estabilizar o G4 e também outras estruturas de DNA não canônicas dentro das células tumorais: um fenômeno que causa disfunções graves na atividade do genoma”. Este resultado abre caminho para novas formas de tratamento do câncer. “O resultado é positivo, mas a pesquisa deve continuar porque ainda não temos a molécula certa, adequada para o tratamento de pacientes com câncer”, conclui o professor Giovanni.
Acesse o resumo do artigo científico (em inglês).
Acesse a notícia completa na Revista da Universidade de Bolonha (em italiano).
Fonte: Tech4Health
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Neurotecnologia pode auxiliar pessoas com deficiências motoras
Pesquisadores do Instituto Tecnológico de Monterrey desenvolvem interface cérebro-computador que pode identificar sinais neurais
Proporcionar novas formas de controle da mobilidade das pessoas é o objetivo de um projeto que está sendo desenvolvido no Instituto Tecnológico e de Estudos Superiores de Monterrey (Tecnológico de Monterrey), no México, entitulado “Desenvolvimento de novas tecnologias de neuroreabilitação”. A pesquisa envolve também o Centro de Pesquisas em Computação do Instituto Politécnico Nacional (IPN) e o Instituto Nacional de Reabilitação (INR), ambos do México.
A proposta visa codificar a atividade eletrofisiológica do ser humano, através de um eletroencefalograma, para garantir que as pessoas com deficiência motora realizem o movimento apenas pensando nele. “(Os resultados) são principalmente – mas não de modo exclusivo – para quem, por doença ou acidente, não consegue fazer movimentos voluntários”, disse o Dr. Mauricio Antelis, professor da Escola de Engenharia e Ciências (EIC) do Tecnológico de Monterrey e líder do projeto.
“A atividade cerebral é aquistada … e é decodificada naquilo que a pessoa quer fazer. E então você pode controlar um aplicativo; no caso, uma órtese robótica “, acrescentou o pesquisador. Os algoritmos que decodificam o sinal cerebral foram desenvolvidos no Centro de Pesquisas em Computação do IPN. “Eles são algoritmos baseados em aprendizagem profunda e redes neurais morfológicas”, explicou o Dr. Maurício Antelis. Uma vez integrada e em funcionamento, sua aplicação em pacientes reais poderá ser feita no INR.
Os resultados obtidos foram abrangentes e, em vez de se desenvolver uma interface para um tipo específico de paciente, foram criadas duas interfaces para lesões diferentes.
No INR, o sistema neurotecnológico será aplicado aos pacientes com lesão da medula espinhal, pessoas tetraplégicas que através de um sistema de estimulação elétrica aplicado aos seus músculos poderão movimentar a mão esquerda ou direita. “A interface cérebro-computador com base no eletroencefalograma detecta se a pessoa quer mover um dedo ou a mão inteira”, explicou o líder do desenvolvimento.
Acesse a notícia completa na página do Tecnológico de Monterrey (em espanhol).
Fonte: Tech4Health
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Novo aplicativo pode auxiliar no diagnóstico do diabetes gestacional
O d-GDM foi desenvolvido para a utilização por profissionais de saúde devidamente habilitados
Diabetes mellitus gestacional (GDM, da sigla em inglês) é, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), uma intolerância a carboidratos de gravidade variável que se inicia durante a gestação e não preenche os critérios diagnósticos de diabetes mellitus preexistente. Este é um quadro que apresenta dificuldades na interpretação e na realização do diagnóstico, o que motivou Waldemar Volanski, doutorando em Ciências Farmacêuticas da Universidade Federal do Paraná (UFPR), a desenvolver um aplicativo para minimizar estes problemas.
O d-GDM é uma ferramenta destinada ao auxílio do diagnóstico do diabetes gestacional e foi desenvolvido para a utilização por profissionais de saúde devidamente habilitados. A gestante, por sua vez, terá a certeza de que o diagnóstico está sendo feito em conformidade com as diretrizes das entidades que normatizam o diagnóstico de diabetes gestacional.
A importância do correto diagnóstico do quadro consiste no fundamental tratamento a ser realizado, já que a falta dele permite uma grande quantidade de glicose circulante no sangue, resultando em inúmeros malefícios como a possibilidade de parto prematuro, infecção, necessidade de cesariana, a possibilidade de aborto e maior tempo de internação pós-parto. Tanto a mãe quanto o bebê, após o nascimento, podem sofrer com doenças metabólicas e diabetes.
“A glicose em excesso na circulação da mãe é transmitida via placenta para o bebê, que passa a produzir mais insulina. A insulina é um hormônio anabolizante, o que faz com que o feto cresça de forma exagerada, podendo chegar a sete quilos. Ao nascer, a criança começa a sofrer de hipoglicemia, pois continua produzindo grande quantidade de insulina e não tem mais o aporte extra da glicose suprido pela mãe via placenta”, explica o doutorando.
O tratamento compreende o controle da doença a partir da mudança de hábitos alimentares orientada por nutricionista, prática regular de exercícios físicos de baixa intensidade e testes de monitoramento dos níveis de glicemia quatro vezes ao dia. Segundo Volanski, apenas uma pequena parte das gestantes não responde bem ao tratamento. “Nesse caso, a paciente deve fazer uso de hipoglicemiantes, como a insulina”.
O Aplicativo
O aplicativo, chamado d-GDM, possui uma interface simples, sem campos para digitação para evitar a possibilidade da inserção errada de dados. Os usuários devem alimentar a ferramenta com dados obtidos por meio de exames laboratoriais. Para o desenvolvimento do aplicativo, quatro pessoas trabalharam durante três anos e 15 pessoas se envolveram em sua validação.
Segundo o idealizador, se o aplicativo for adotado por profissionais de saúde, o diagnóstico de diabetes gestacional terá mais facilidade em ser padronizado. “Eu fiz mestrado em Bioinformática e doutorado em Ciências Farmacêuticas com financiamento de agências de fomento à pesquisa. Todo recurso aplicado na pesquisa é oriundo de impostos recolhidos pela população, então penso que esse trabalho é uma retribuição a tudo que recebi”, comenta.
O d-GDM é gratuito e está disponível para Android na Google Play Store. Apesar de não estar disponível para IOS, o aplicativo também é viabilizado em versão web que pode ser utilizada por outros sistemas operacionais.
Acesse o aplicativo na Google Play Store.
Acesse a notícia na página da UFPR.
Fonte: Tech4Health
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Câncer de pele: prevenção e identificação são importantes
São cerca de 180 mil novos casos a cada ano
O verão está chegando e muitos querem ficar com a pele bronzeada, a chamada “cor do verão”. Mas cuidados essenciais para a saúde da pele são fundamentais para evitar o câncer. Durante o mês de dezembro, a Sociedade Brasileira de Dermatologia promove a campanha “Dezembro Laranja”, para conscientizar a população sobre o cuidados com o sol.
O câncer da pele responde por 33% de todos os diagnósticos de câncer no Brasil, sendo que o Instituto Nacional do Câncer (INCA) registra, a cada ano, cerca de 180 mil novos casos. O tipo mais comum, o câncer da pele não melanoma, tem letalidade baixa, porém, seus números são muito altos. A doença é provocada pelo crescimento anormal e descontrolado das células que compõem a pele. Essas células se dispõem formando camadas e, de acordo com as que forem afetadas, são definidos os diferentes tipos de câncer. Os mais comuns são os carcinomas basocelulares e os espinocelulares. Mais raro e letal que os carcinomas, o melanoma é o tipo mais agressivo de câncer da pele.
Tipos de câncer de pele
Carcinoma basocelular (CBC): o mais prevalente dentre todos os tipos. O CBC surge nas células basais, que se encontram na camada mais profunda da epiderme (a camada superior da pele). Tem baixa letalidade e pode ser curado em caso de detecção precoce.
Carcinoma espinocelular (CEC): segundo mais prevalente dentre todos os tipos de câncer. Manifesta-se nas células escamosas, que constituem a maior parte das camadas superiores da pele. Pode se desenvolver em todas as partes do corpo, embora seja mais comum nas áreas expostas ao sol, como orelhas, rosto, couro cabeludo, pescoço etc. A pele nessas regiões, normalmente, apresenta sinais de dano solar, como enrugamento, mudanças na pigmentação e perda de elasticidade.
Melanoma: tipo menos frequente dentre todos os cânceres da pele, o melanoma tem o pior prognóstico e o mais alto índice de mortalidade. Embora o diagnóstico de melanoma normalmente traga medo e apreensão aos pacientes, as chances de cura são de mais de 90%, quando há detecção precoce da doença. O melanoma, em geral, tem a aparência de uma pinta ou de um sinal na pele, em tons acastanhados ou enegrecidos. Atualmente, testes genéticos são capazes de determinar quais mutações levam ao desenvolvimento do melanoma avançado e, assim, possibilitam a escolha do melhor tratamento para cada paciente.
Sintomas
O câncer da pele pode se assemelhar a pintas, eczemas ou outras lesões benignas. Assim, conhecer bem a pele e saber em quais regiões existem pintas, faz toda a diferença na hora de detectar qualquer irregularidade. Somente um exame clínico feito por um médico especializado ou uma biópsia podem diagnosticar o câncer da pele, mas é importante estar sempre atento aos seguintes sintomas: uma lesão na pele de aparência elevada e brilhante, translúcida, avermelhada, castanha, rósea ou multicolorida, com crosta central e que sangra facilmente; uma pinta preta ou castanha que muda sua cor, textura, torna-se irregular nas bordas e cresce de tamanho; uma mancha ou ferida que não cicatriza, que continua a crescer apresentando coceira, crostas, erosões ou sangramento.
Regra de Identificação do ABCDE
A seguir, a metodologia indicada por dermatologistas para reconhecer as manifestações dos três tipos de câncer da pele: carcinoma basocelular, carcinoma espinocelular e melanoma. Para auxiliar na identificação dos sinais perigosos, basta seguir a Regra do ABCDE (Assimetria, Borda, Cor, Dimensão e Evolução). Mas, em caso de sinais suspeitos, procure sempre um dermatologista. Nenhum exame caseiro substitui a consulta e avaliação médica.
Assimetria: simétrico (benigno) x assimétrico (maligno);
Borda: regular (benigno) x irregular (maligno);
Cor: tom único (benigno) x dois tons ou mais (maligno);
Dimensão: inferior a 6 mm (provavelmente benigno) x superior a 6 mm (provavelmente maligno)
Evolução: não cresce nem muda de cor (provavelmente benigno) x cresce e muda de cor (provavelmente maligno)
Como aproveitar o verão com saúde?
Segundo o Dr. Luis Carlos de Campos, Chefe do Serviço de Dermatologia do Hospital São Lucas da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS), a exposição ao sol deve ser evitada entre 10h00 e 16h00. O organismo necessita ser hidratado constantemente, com ingestão de líquidos pós exposição. Além disso, outras medidas podem ser utilizadas para a prevenção do câncer de pele:
- Usar chapéus, camisetas, óculos escuros e protetores solares.
- Usar filtros solares diariamente, e não somente em horários de lazer ou de diversão. O fator solar deve ser proporcional à tonalidade da pele.
- Manter bebês e crianças protegidos do sol. Filtros solares podem ser usados a partir dos seis meses.
- Preferir roupas claras, pois absorvem menos calor.
Acesse a notícia na página do Hospital São Lucas da PUCRS.
Acesse a notícia na página da Sociedade Brasileira de Dermatologia.
Fonte: Tech4Healt
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Pesquisador desenvolve dispositivo de detecção de quedas para idosos
Conectado à roupa, aparelho é capaz de identificar quedas mediante sinais de sensores
O uso de diversos recursos, serviços e tecnologias assistivas que contribuem para ampliar habilidades funcionais de pessoas com mobilidade reduzida, com o objetivo de proporcionar melhor qualidade de vida, está em franca ascensão. Uma das linhas de pesquisa nessa área é o uso de dispositivos para detecção de quedas de idosos, um problema cuja ocorrência é cada vez maior devido a diversos fatores, como a maior longevidade da população e o crescente número de pessoas vivendo sozinhas quando idosas.
Com a finalidade de encontrar soluções eficientes e sustentáveis para ajudar a resolver essa adversidade da terceira idade, o mestre em Controle e Automação pela Universidade Federal do Rio Grande o Sul (UFRGS) Guilherme Torres desenvolveu, como parte da sua dissertação de mestrado, um dispositivo vestível que utiliza a tecnologia alemã EnOcean, que se baseia na exploração de tecnologias sem fio e de captura de energia. Usada principalmente em sistemas automatizados, ela propicia a conexão com um sistema de automação de casas inteligentes através do sistema Home Assistant, uma plataforma digital de código aberto para automação residencial que permite controlar e verificar uma série de equipamentos domésticos por meio de dispositivos eletrônicos e aplicativos.funciona como uma rede de dispositivos sem fio capaz de identificar quedas mediante sensores adaptados a um sistema de casas inteligentes.
Através da detecção automática das quedas e da interligação com o sistema de casas inteligentes, o dispositivo auxilia no monitoramento do idoso e no acionamento de alarmes emergenciais. Essa detecção utiliza informações dos sensores inerciais para distinguir os movimentos de quedas. Ao todo, o dispositivo foi testado para quatro tipos de movimentos de quedas e quatro tipos de movimentos que não caracterizam quedas.
A respeito dos resultados da pesquisa, além de validar a tecnologia EnOcean para uso em dispositivos vestíveis, o protótipo desenvolvido não indicou nenhum falso positivo nos testes realizados com dois usuários de características corporais diferentes. Foram reproduzidos 100 vezes cada um dos diferentes tipos de movimentos. ‘‘Como conhecemos os movimentos que não são de queda, comparamos esses com os de queda e conseguimos descobrir certos padrões que identificam a ambos. Ou seja, quando o usuário cai, se identifica qual é o sinal que aparece, e, dessa forma, quando acontece uma queda, o dispositivo emite um alarme que, por sua vez, é recebido pela casa inteligente e pode ser subido à internet’’, destaca o pesquisador.
Acesse a notícia completa na página da Revista UFRGS Ciência.
Fonte: Tech4Health
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Estudo populacional espera compreender melhor como evitar doenças cardiopulmonares
Estudo realizado na Suécia com 30 mil participantes procura formas de determinar quais indivíduos correm maiores riscos de doenças cardiovasculares e pulmonares
Em toda a Suécia, cerca de 30 mil pessoas participaram nos últimos anos de um estudo populacional único sobre doenças cardiopulmonares. Como resultado do estudo, que é chamado SCAPIS (Swedish CardioPulmonary bioImage Study), uma base de dados única está sendo desenvolvida. Seis hospitais universitários estiveram envolvidos com a pesquisa: Göteborg, Linköping, Malmö, Stockholm, Umeå and Uppsala.
No município de Linköping, a coleta de dados está concluída e 5058 pessoas participaram do estudo. Cerca de 58% dos indivíduos convidados aleatoriamente para participar do estudo, com idade entre 50 e 64 anos, aceitou o convite.
O estudo incluiu testes da função pulmonar, exames ultrassonográficos de artérias carótidas e cardíacas, exames de sangue e tomografia computadorizada. O objetivo é realizar descobertas que possibilitem prever e prevenir doenças cardiovasculares e pulmonares. “As pessoas podem dizer ‘já sabemos disso’. Sabemos que fumar, hipertensão e gordura no sangue são perigosos. Mas as pessoas devem lembrar que aprendemos essas coisas com esse tipo de estudo populacional de grande porte. A diferença é que agora somos capazes de refinar o diagnóstico de doenças cardiovasculares com tecnologia altamente avançada ”, argumenta o Dr. Carl Johan Östgren, diretor do SCAPIS em Linköping e professor do curso de Medicina na Universidade Linköping.
Algumas tecnologias e exames nunca foram usados ou executados em uma quantidade tão grande de participantes, o que torna o estudo único.“Nenhum estudo anterior usando tomografia computadorizada na artéria coronária teve 30.000 participantes. O SCAPIS é também o maior em termos de medição da atividade física durante um período de uma semana usando acelerômetros ”, explica o Dr. Carl Johan Östgren.
O protocolo do estudo SCAPIS foi idêntico em todos os locais de estudo, para que os resultados possam ser comparáveis. Por exemplo, o mesmo equipamento de tomografia computadorizada foi usado e seu software nem sequer foi atualizado enquanto o estudo estava em andamento.
Um arquivo de computador contendo informações sobre todos os 30 mil participantes estará pronto até meados de 2019.
“Do ponto de vista da prevenção, o mais interessante será acompanhar todo o grupo no registro e acompanhar quais indivíduos realmente adoecerão com doenças cardiovasculares e pulmonares. Aqui teremos que esperar três ou quatro anos pelos resultados. ”
As organizações que financiam estudos populacionais em larga escala geralmente exigem que os dados coletados sejam disponibilizados publicamente. Isso também se aplica ao SCAPIS. “Os pesquisadores já podem solicitar acesso ao material. Em uma fase posterior, o banco de dados estará disponível tanto para pesquisadores como para o público ”, conclui o Dr. Carl Johan Östgren.
Acesse a página do estudo SCAPIS (em inglês).
Acesse a notícia completa na página da Universidade Linköping (em inglês).
Fonte: Tech4Health
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Centro de Desenvolvimento Tecnológico em Saúde da Fiocruz seleciona bolsistas
O Centro de Desenvolvimento Tecnológico em Saúde (CDTS/Fiocruz) lançou o edital do processo seletivo para bolsistas em pós-doutorado, em cinco áreas de interesse: 1. Avaliação de Tecnologias em Saúde (ATS); 2. Resistência Antimicrobiana; 3. Reposicionamento e Desenvolvimento de Fármacos; 4. Inteligência Artificial e Processamento de Linguagem Natural e 5. Escritório de Inovação.
Para se inscrever, é necessário possuir título de doutor, disponibilizar currículo atualizado na plataforma Lattes do CNPq, não estar aposentado e não possuir vínculo empregatício, ressalvada a hipótese de candidato(a) docente ou pesquisador(a) com vínculo empregatício em instituições de ensino superior ou instituições públicas de pesquisa, que deverá comprovar o seu afastamento da instituição de origem. Não serão admitidos candidatos que possuam vínculo empregatício com a Fiocruz.
Mais informações podem ser obtidas no edital ou através de contato com a CDTS/Fiocruz pelo e-mail capes.cdts@cdts.fiocruz.br .
Acesse a notícia na página da Fiocruz.
Fonte: Tech4Health
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Anvisa discute registro de aplicativos usados em saúde
Softwares de saúde utilizados para diagnóstico, prevenção, monitoramento e anticoncepção são tendência na indústria da tecnologia
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) iniciará o processo de regulamentação para estabelecer requisitos técnicos específicos para o registro e cadastro de softwares e aplicativos como produtos para a saúde. A proposta foi apresentada pelo relator do tema, o diretor de Regulação Sanitária da Agência, Renato Porto, e aprovada durante a 25ª reunião da Diretoria Colegiada (Dicol), realizada no último dia 20 de novembro.
Para a Anvisa, o acelerado ritmo de inovação do mercado e o crescimento de novas tecnologias exigem uma regulação específica para o uso de softwares no campo da saúde, garantindo a segurança e a eficácia desses produtos. O mercado de tecnologia tem desenvolvido e lançado produtos dirigidos aos profissionais de saúde e aos pacientes, mas atualmente não há uma regra específica para avaliação deste tipo de produto.
Segundo Renato Porto, o processo vai seguir o caminho das demais discussões da Anvisa, incluindo o processo de análise de impacto regulatório (AIR) sobre o assunto, que fornecerá subsídios para uma futura tomada de decisão da Agência. A construção da norma será realizada com transparência, previsibilidade e participação social.
A regulamentação do registro de softwares como produtos para a saúde faz parte da Agenda Regulatória 2017/2020 da instituição.
Atos normativos
Atualmente, há escassez de orientação aos profissionais de saúde, às Vigilâncias Sanitárias de estados e municípios e à população sobre os riscos e benefícios da utilização desses aplicativos. Isto porque o tema é bastante recente e nem sempre os dados de desempenho e funcionamento são totalmente claros para a própria Anvisa.
Embora existam alguns atos normativos que tratam de produtos médicos e de produtos para a saúde – Resoluções da Diretoria Colegiada (RDCs) 185 e 56, ambas de 2001 – e boas práticas de fabricação – RDC 16, de 2013 –, não há uma regulação específica da Agência que detalhe quais são as informações técnicas necessárias para o registro de softwares no Brasil.
De acordo com o relator, há três categorias de softwares que podem ser incluídas na regulação: os que não precisam de hardware para funcionar, executados em computadores isolados; aqueles que são comercializados como uma parte ou como um acessório de um hardware; e os que não possuem finalidade diagnóstica, preventiva ou de reabilitação, entre outras funções, mas que têm uso na área da saúde.
Acesse a notícia na página da Anvisa.
Fonte: Tech4Health
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Novo estudo quer viabilizar o uso do oxímetro na avaliação da pressão arterial
A monitoração rápida e fácil da pressão sanguínea logo poderá estar ao alcance dos seus dedos – literalmente – graças à nova pesquisa da Universidade da Columbia Britânica (UCB), no Canadá, que mostrou que a pressão arterial pode ser avaliada por um oxímetro na ponta dos dedos, uma ferramenta que geralmente não é utilizada para esse fim.
“Descobrimos que o oxímetro, que pode ser colocado em um dedo para medir a frequência cardíaca e a quantidade de oxigênio no sangue, pode detectar pressão arterial normal, elevada ou alta, com até 95% de precisão”, disse o pesquisador Dr. Mohamed Elgendi, professor de engenharia elétrica e de computação da UCB. “Isso sugere que, com alguns ajustes, pode funcionar como um monitor da pressão sanguínea no futuro”, diz o pesquisador.
A hipertensão está ligada a 1.100 mortes por dia apenas nos Estados Unidos, por isso é fundamental monitorar regularmente as pessoas em risco. O desafio é que os métodos atuais de monitoramento da PA têm suas limitações. “Embora o manguito inflável seja fácil de usar, sua precisão depende de sua colocação no braço e da habilidade do observador”, disse o Dr. Elgendi. “Outra técnica, a medição da pressão arterial pela via intra-arterial, é altamente precisa, mas invasiva, exigindo que o médico insira uma agulha em uma artéria.”
Estudos anteriores exploraram o uso de oxímetros para avaliação da pressão arterial, mas o estudo da UCB é o primeiro a fornecer evidências baseadas em registros reais de pacientes e o primeiro a examinar grandes amostras obtidas em dois países diferentes, segundo o Dr. Mohamed Elgendi.
Para a análise, a equipe da UCB examinou registros de oximetria de 121 pacientes registrados em um hospital em Boston e 219 pacientes internados em um hospital na província chinesa de Guilin. Eles processaram as informações do oxímetro através de um programa matemático que eles desenvolveram e encontraram nove assinaturas elétricas, ou padrões, que se correlacionaram significativamente com a hipertensão.
“A presença consistente desses padrões em dados coletados de dois países diferentes prova que o oxímetro de pulso é uma ferramenta confiável para avaliação da hipertensão.Quando adicionamos os dados do eletrocardiograma aos dados do oxímetro, conseguimos melhorar a detecção da pré-hipertensão”, explica o pesquisador.
A pressão arterial é medida em milímetros de mercúrio (mmHg) com o valor sistólico registrado primeiro, seguido pelo valor diastólico. A pressão arterial é considerada normal quando tem valores de até 120/80 mmHg, elevada ou a pré-hipertensão com valores entre 121/80 mmHg e 139/89 mmHg, e pressão arterial alta ou hipertensão acima de 140/90 mmHg. A pré-hipertensão aumenta o risco de doença cardíaca, por isso a detecção precoce é vital para o diagnóstico e tratamento.
O Dr. Elgendi e sua equipe estão trabalhando para replicar seus estudos em outros grupos de pacientes nos próximos meses. Eles também estão refinando o algoritmo para que ele possa ser usado em maior escala pelos fabricantes de oxímetros. “Com a adição do nosso algoritmo e algumas outras mudanças, é totalmente factível produzir um oxímetro que forneça uma avaliação da pressão arterial altamente precisa – esperamos contribuir para uma detecção mais rápida da hipertensão e potencialmente salvar vidas”, conclui o pesquisador.
A pesquisa foi publicada recentemente nas revistas científicas Journal of Clinical Medicine, Biosensors, Diagnostics e Scientific Data.
Acesse o resumo do artigo publicado na revista Journal of Clinical Medicine (em inglês).
Acesse o resumo do artigo publicado na revista Biosensors (em inglês).
Acesse o artigo completo publicado na revista Diagnostics (em inglês).
Acesse o artigo completo publicado na revista Scientific Data (em inglês).
Acesse a notícia na página da Universidade da Colúmbia Britânica (em inglês).
Fonte: Tech4Health
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Nova tecnologia pode acelerar trabalho de patologistas
Pesquisadores também estão trabalhando em novos processos de gerenciamento de dados
Uma tecnologia de varredura rápida de precisão para acelerar diagnósticos médicos e auxiliar o número reduzido de patologistas na Austrália está sendo desenvolvida na Universidade de Queensland. A equipe de Patologia Digital da Universidade está trabalhando para substituir as lâminas de vidro por slides digitais para análise, distribuição e armazenamento mais rápidos.
O pesquisador Dr. Arnold Wiliem disse que quase 70 por cento dos diagnósticos médicos foram feitos a partir de testes de patologia, e as mudanças poderiam revolucionar os laboratórios australianos. “O ritmo com que a Austrália pode treinar patologistas é muito mais lento do que o aumento no uso dos serviços de patologia”, afirmou o pesquisador.
Os resultados do projeto também podem ter aplicações em imunologia, histopatologia e microbiologia. Um sistema de digitalização totalmente automatizado para testes de imunologia já foi implantado e está em uso em um laboratório de patologia australiano.
Os pesquisadores também estão trabalhando em novos processos de gerenciamento de dados e tecnologias de entrega para permitir que as imagens digitalizadas sejam armazenados indefinidamente, criando um banco de dados com potencial para outras pesquisas e também para educação.
A equipe – liderada pelo Dr. Brian Lovell, da Universidade de Queensland – usa métodos de visão computacional, aprendizado de máquina e reconhecimento de padrões para criar sistemas de diagnóstico auxiliado por computador. O grupo está usando o mais novo computador de alto desempenho do Centro de Computação para Pesquisas da Universidade de Queensland. “O computador é equipado com as unidades de processamento gráfico (GPUs) mais poderosas do mundo, permitindo-nos treinar vários modelos de aprendizado de máquina usando grandes conjuntos de dados”, explica o Dr. Wiliem.
A startup Viscient Pty Ltd continuará o processo de implantação e fornecerá suporte contínuo às tecnologias desenvolvidas a partir do projeto.
Acesse a notícia completa na página da Universidade de Queensland (em inglês).
Fonte: Tech4Health
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