
Estudo recente de pesquisadores espanhóis mostra que o exercício físico moderado e supervisionado desenvolvido ao longo da gravidez influencia positivamente a redução do risco de depressão materna perinatal
A gravidez e especialmente o do parto representam para as gestantes momentos de grande labilidade emocional que podem alterar seu desenvolvimento normal. Os riscos, alterações e consequências são muitos e podem afetar não apenas o bem-estar materno, mas também o recém-nascido. Entre as complicações mais comuns está a depressão materna, que é provavelmente a mais comum e que atualmente apresenta um crescimento preocupante. Nesse sentido, publicações recentes relatam uma prevalência entre 5% e 20% de depressão perinatal.
Um estudo recente conduzido por pesquisadores da Universidade Politécnica de Madrid (UPM), em colaboração com o Hospital Universitário de Torrejón de Madrid, ambos na Espanha, mostra que o exercício físico supervisionado e moderado desenvolvido durante toda a gravidez influencia positivamente a redução do risco de depressão perinatal materna.Os resultados desta pesquisa mostram que as mulheres que participam de um programa de grupo de exercícios físicos durante a gravidez reduzem o risco de sofrer depressão perinatal em mais de 40%.
O estudo consistiu em um ensaio clínico randomizado realizado com 124 mulheres grávidas saudáveis. Os resultados, publicados na revista científica British Journal of Sports Medicine, são parte de tese de doutorado recentemente defendida na Faculdade de Atividade Física e Ciências do Esporte da UPM. Na opinião da autora, a Dra. Marina Vargas Terrones, “está cientificamente provado que os benefícios do exercício físico em grupo e moderado durante a gravidez transcendem o campo fisiológico e também devem ser usados como elemento para prevenir distúrbios emocionais durante a gravidez”.
“É necessário continuar pesquisando neste campo e as expectativas que geram os possíveis benefícios do exercício físico moderado durante a gestação para o bem-estar materno, fetal e do recém-nascido são incalculáveis e ao mesmo tempo significativamente esperançosas”, explica o Dr. Ruben Barakat, um dos pesquisadores do estudo
Fonte: Tech 4 Health