Neurotecnologia pode auxiliar pessoas com deficiências motoras
Pesquisadores do Instituto Tecnológico de Monterrey desenvolvem interface cérebro-computador que pode identificar sinais neurais
Proporcionar novas formas de controle da mobilidade das pessoas é o objetivo de um projeto que está sendo desenvolvido no Instituto Tecnológico e de Estudos Superiores de Monterrey (Tecnológico de Monterrey), no México, entitulado “Desenvolvimento de novas tecnologias de neuroreabilitação”. A pesquisa envolve também o Centro de Pesquisas em Computação do Instituto Politécnico Nacional (IPN) e o Instituto Nacional de Reabilitação (INR), ambos do México.
A proposta visa codificar a atividade eletrofisiológica do ser humano, através de um eletroencefalograma, para garantir que as pessoas com deficiência motora realizem o movimento apenas pensando nele. “(Os resultados) são principalmente – mas não de modo exclusivo – para quem, por doença ou acidente, não consegue fazer movimentos voluntários”, disse o Dr. Mauricio Antelis, professor da Escola de Engenharia e Ciências (EIC) do Tecnológico de Monterrey e líder do projeto.
“A atividade cerebral é aquistada … e é decodificada naquilo que a pessoa quer fazer. E então você pode controlar um aplicativo; no caso, uma órtese robótica “, acrescentou o pesquisador. Os algoritmos que decodificam o sinal cerebral foram desenvolvidos no Centro de Pesquisas em Computação do IPN. “Eles são algoritmos baseados em aprendizagem profunda e redes neurais morfológicas”, explicou o Dr. Maurício Antelis. Uma vez integrada e em funcionamento, sua aplicação em pacientes reais poderá ser feita no INR.
Os resultados obtidos foram abrangentes e, em vez de se desenvolver uma interface para um tipo específico de paciente, foram criadas duas interfaces para lesões diferentes.
No INR, o sistema neurotecnológico será aplicado aos pacientes com lesão da medula espinhal, pessoas tetraplégicas que através de um sistema de estimulação elétrica aplicado aos seus músculos poderão movimentar a mão esquerda ou direita. “A interface cérebro-computador com base no eletroencefalograma detecta se a pessoa quer mover um dedo ou a mão inteira”, explicou o líder do desenvolvimento.
Acesse a notícia completa na página do Tecnológico de Monterrey (em espanhol).
Fonte: Tech4Health
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